terça-feira, 21 de junho de 2016

«EU TENHO NECESSIDADE DE SILÊNCIO»

(Das palestras do amado Mestre Omraam Mikhael Aivanhov)

«Eu tenho necessidade de silêncio. Só no silêncio é que me dilato e encontro condições para o meu trabalho. Para mim, o barulho é impossível de suportar, faz-me fugir. Quando ouço barulho, só tenho uma vontade: largar tudo e partir para o mais longe possível. É claro que aqueles que vêm aqui pela primeira vez ficam um pouco desconcertados com o silêncio; não têm este hábito e interrogam-se: 'Mas aonde é que eu vim parar? Parece que estou num convento!'.
Porquê num convento? O silêncio não pertence ao convento, pertence à Natureza, a todos os sábios, a todos os Iniciados e a todas as pessoas sensatas.
Quanto mais evoluído se é, mais necessidade se tem de silêncio. Ser barulhento não é, pois, um bom sinal. Muitas pessoas fazem barulho apenas para que reparem nelas! Falam alto, riem, entram sem precaução numa sala quando toda a gente já está instalada, batem com as portas, chocam com as coisas ou empurram-nas, só para para atrair atenção. Fazer barulho é, para elas, uma maneira de se afirmarem, de mostrar que estão ali. Pois bem: é preciso que saibam que os tonéis vazios são os que fazem mais barulho: toda a gente nota logo a sua presença! Sim, há imensas pessoas que são como  os tonéis vazios: para onde quer que vão, fazem uma barulheira ensurdecedora, que revela a sua insuficiência, a sua mediocridade.
Eu observo as pessoas e o seu comportamento revela-me imediatamente a sua educação, o seu carácter, o seu temperamento, o seu grau de evolução. Tudo é expresso na maneira como elas se apresentam e falam. Algumas falam como que para encobrir, para esconder alguma coisa, como se receassem que o silêncio pudesse revelar exactamente o que elas pretendem camuflar. Assim que as encontrais, elas começam imediatamente a contar toda a espécie de histórias para impor certa ideia delas mesmas, dos outros ou dos acontecimentos. Podei dizer: 'Mas elas falam para travar conhecimento!' Admitamos que sim; mas, para travar conhecimento, o silêncio é, por vezes, mais eloquente do que a palavra. Sim, vivendo juntas durante alguns minutos em silêncio, as pessoas conhecem-se melhor do que mantendo uma conversa longa e inútil.»
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Do Livro: «A VIA DO SILÊNCIO»_Publicações Maitreya_Portugal.

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(Florinda Rosa Isabel)






























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