sábado, 18 de abril de 2015

EU, FACEBOOKIANDO: «O ARREBATAMENTO DAS AVESTRUZES»

 «Avestruzes são aos montes/ Por baixo e em cima das pontes/De cabeça enterrada/ Elas já não ouvem nada/ Com sua mente bloqueada/ Sonham com o arrebatamento/ E aguardam o tal momento/ Em que acabe o sofrimento/E as levem de uma virada/ Numa nave espacial/Onde  um "extra" de avental/Transformado em canibal/Lhes corte logo o pescoço/ E lá começa o almoço/ Vão chegando dos planetas/ E começam as caretas/Chamem lá p'las cozinheiras/ Queremos as mioleiras/ O lombo humano não presta/ Pois não é comer de festa/ P'ra festejarmos a glória/ Assinalarmos victória/ Miolos q'remos comer/ Pois tão bem nos vai saber/Começarmos p'lo "toutiço/ Despachem-se lá com isso/ À Terra vamos voltar/ E outro holograma mostrar/ Com figura e Jesus/Rodeado de muita luz/P'ra salvar os seus eleitos/ Até vão sair dos leitos/Em pijama ou em pêlo/ Pegamos-lhes com tal desvelo/ Que pensam ser seu Senhor/ Que os leva com muito amor/ Para os braços do seu Pai/ Mas depois... Ai! Ai! Ai! Ai!/ As notícias serão más/Está esperando Satanás/ Sorrindo, muito contente/ Porque enganou tanta gente/Ao lançar a confusão/ E lá vão prò caldeirão!/ Mas chegam as cozinheiras:/ 'Eles não tinham mioleiras/ Seus crâneos estavam vazios/ Nós sentimos arrepios!'/ Satanás com muito alarde/ Diz saber toda a verdade/ Pediram para contar/ Ele sem se  atrapalhar/ Lhes disse:lá pela Terra/ Só sabiam fazer guerra/ Guerra quente e guerra fria/Porque a cabeça vazia/ Não dava mais p'ra pensar/ Orgulho-me d'as esvaziar!»

Florinda Isabel

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