sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

EU, FACEBOOKIANDO «NÃO NOS QUEIXARMOS DE NADA, RESULTA!»

   EU, FACEBOOKIANDO: «NÃO NOS QUEIXARMOS DE NADA, RESULTA!»

    Hoje, saí de casa decidida a encarar tudo com muita naturalidade e com um sorriso nos lábios... 
   Entrei no comboio e tive de andar aos saltinhos por cima dos guarda-chuva que se encontravam atravessados, cujos donos estavam bem sentados e não os puxaram para junto deles.
   «E pensei: Não te rales, imagina que estás num ginásio...»
    Olhei para os bancos reservados a idosas grávidas, crianças com as mães ao colo ou pessoas com a validade ultrapassada... Ia tudo ocupado.
   «E pensei: Estes balanços beneficiam-te o equilíbrio, imagina que estás num ginásio...»
   A seguir, fui viajar de toupeira, por baixo do chão _metropolitano. 
   «E pensei: Se te acontecer como daquela vez, que um passageiro desatento não reparou que tinha o sinal vermelho para ele, do lado oposto ao teu,  e passou o cartão dele em simultâneo contigo, cujas portas que já se abriam para ti se fecharam de repente e te apertaram naquele local que utilizas demasiado tempo quando estás no computador, não te rales, imagina que é um aparelho adelgaçante para compensar o resultado de ficares tanto tempo sentada, a alargar...»
    Entrei num estabelecimento, tive de me baixar até ao chão e erguer-me quase até o tecto, para recolher o que pretendia, devido à posição das prateleiras. Não vi nenhum funcionário.
   «E pensei:  Aceita esses movimentos como ginástica, imagina que estás num ginásio...»
   Ao passar junto de uma porta, saiu por ela um jovem apressadíssimo, que se virou de repente e me pregou uma mochilada nas costas, que  me fez rodar...
   «E pensei: Aproveita a dançar a valsa, dizem que dançar faz bem...»
   Não ficou por aqui... Outro jovem desceu de um autocarro, já ligado, telemóvel à frente do nariz e esbarrou com a minha pessoa... Atrapalhado, abriu os braços e segurou-me, com medo de que eu caísse...
    «E pensei: Alegra-te, Florinda, não são todas as velhotas como tu que se podem gabar de serem abraçadas por um "borracho" como aquele...»
     Sim,  resultou, pois consegui fazer como Jesus. Tanto choveu, que Lisboa era um lago de água e eu, quando um dos meus ténis rachou por baixo, caminhei sobre as águas!

Kkkkkkkkkkkkkkk!

Florinda Isabel
   
   














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