Cumprir Portugal - 21Fevereiro 2017
Newsletter da Publicações Maitreya através de amazonses.com
|
|
| |
|
|
| A todos, a nossa saudação. |
|
Caros Amigos,
Como habitualmente às terças-feiras, partilhamos mais um texto que aleatoriamente foi selecionado, esperando que vá ao encontro da necessidade da maior parte de vós. E hoje foi selecionado o livro "CUMPRIR PORTUGAL - Um Projecto Global de Civilização", de Fernando Pereira Nogueira, inserido na Colecção "Saberes".
Páginas 72 a 77
Cada povo tem o direito de se organizar económica e politicamente, etc., como entender, e a estruturação de uma governação planetária necessariamente terá de garantir isso mesmo no próprio articulado da sua lei constitutiva. Aliás, a constituição de uma autoridade planetária até é a condição mais propiciadora a uma verdadeira descentralização. E as autonomias locais deverão funcionar até ao limite máximo possível quer em termos políticos, quer económicos, etc.. Uma soberania à escala planetária vale pela garantia a todos os povos de uma existência respeitada e livre, até ao limite da necessária salvaguarda da liberdade dos outros povos. Por exemplo, algumas limitações às soberanias militares nacionalistas, serão a melhor garantia de segurança de todas e cada nação. Ninguém poderá impedir a mundialização da vida na Terra, a chamada globalização, mas somos inteiramente responsáveis pelo seu processus. E pela ordem natural das coisas, no terreno estarão, fundamentalmente, dois projectos de globalização em marcha: – a via imperialista, e a via universalista de génese democrática. A via imperialista para a globalização, já aí está cristalizando no formato normalizado do Império Tecnocrático Mundial – essa infra-cultura de andróides com que a ideologia tecnocrática, qual “cilindro compressor”, está esmagando “mil e uma” culturas locais-regionais-nacionais, impondo, pela força brutal dos seus media, uma nefastíssima dinâmica redutora e entrópica à Humanidade inteira. A via universalista para a globalização, essa é de longa data e marcha lenta, e pode dizer- -se que nasceu marcada pelo selo da portugalidade. Pois ninguém contribuiu tanto para a génese da planetarização como o povo português – o povo que desenhou o Mapa Mundi. Pelo que, germinada na essência mais profunda do conceito de Portugalidade, mais nos cumpre a nós – portugueses – manter- -lhe consubstancial a ideia originária da universalista “fusão” planetária. E só pela via da recuperação dessa pureza original, por esta via de génese democrática, a Humanidade poderá evoluir em ordem a uma planetarização equilibrada, e resistir eficazmente ao Império Mundial. O projecto de unificação planetária pode considerar-se lançado a partir dos Descobrimentos Portugueses, que constituíram a primeira revolução de amplitude e significado planetários dando consistência histórica ao conceito de Humanidade, e onde os ideais Templários de universalização, que, agora, no quadro geral da Teoria do Campo (Caminho) Unitário conclusivamente estruturamos, estão já implícitos em embrião. À luz do projecto que a Teoria do Campo (Caminho) Unitário representa, perspectivamos a organização político-social à escala planetária de uma forma eminentemente independente, ou seja, unicamente alinhada pelos superiores interesses da Humanidade inteira. E nada, nem ninguém, nos impede de ousar de novo o “impossível”, afinal, a conclusão da “Capela Imperfeita” dos Descobrimentos. Partir em busca das «Novas Índias», da nova síntese Oriente- Ocidente em termos de mentalidade e a todos os níveis – espiritual, cultural, politicamente, etc.. Nas actuais condições históricas. Na matriz do nosso tempo. O futuro, é a institucionalização do enquadramento planetário a todos os níveis que enformam uma civilização: – o plano ético-religioso, científico- técnico e económico, e também, óbvia e inevitavelmente, a globalização política. Neste momento, há toda uma dúzia de potências emergentes que, a prazo, hão-de exigir a sua quota parte de poder político efectivo na cena mundial. A globalização política é inevitável e só há dois caminhos para o seu enquadramento institucional: – a via democrática e a via imperial. Só há duas vias para conduzir o processo da globalização política: – o caminho da paz e o caminho da guerra. Explícita ou implicitamente, há dois projectos para o enquadramento da globalização política: – o projecto democrático universalista proposto pela Teoria do Campo (Caminho) Unitário, e que pode e deve ser assumido pelo Estado Português como desígnio nacional, e conduzido mundialmente pela União Europeia (até como instrumento de auto-realização e coesão interna); e o projecto imperial de uma América (ou de qualquer “dragão” que entretanto venha a tomar o seu lugar) que nunca manifestou vocação para governar o mundo, mas tão só um apetite voraz para se governar à custa do mundo. Mas nós não pretendemos ostracizar a América. Nós amamos a América. E no respeito profundo pelas marcas simbólicas que ficaram para sempre a assinalar o nascimento dessa grande nação, nós homenageamos os seus mestres fundadores. Nós enaltecemos tudo o que de bom a América tem dado ao mundo, e não queremos prescindir do enorme potencial do povo americano. Mais do que simplesmente querer, nós exigimos que a América continue a desempenhar um importantíssimo papel no mundo, através daquilo a que poderemos chamar ao seus bons “genes” – o seu dinamismo empresarial, a sua capacidade de inovação, a permanente atitude de abertura ao novo como único antídoto verdadeiramente eficaz contra a pasmaceira em que a generalidade dos outros países tendem a atascar-se... Nós não aceitamos é ficar à mercê, hoje, de um “bobo da corte” doutorado na estupidez e com tiques de agressividade, e amanhã, quiçá sob o jugo de um Calígula qualquer diabolizado pela malvadez e entronizado na força bruta. Já sei, os «atlantistas» não gostam de “fazer ondas” em matéria de política internacional. Os «velhos do Restelo» nunca gostaram de “molhar os pés”. Mas perdoem-me a insolência: a “ideologia” (se é que se pode chamar assim), atlantista, rigorosamente o que é? Com toda a franqueza, “olhos nos olhos”: – isso, hoje, ainda significa alguma coisa? Nem hoje, nem ontem! Se o Infante D. Henrique e o senhor D. João II fossem atlantistas, ainda agora Vasco da Gama não teria dobrado o Cabo da Boa Esperança. O Futuro é Planetário e não se compadece com atlantismos ou outros quaisquer regionalismos. E quem poderia impedir-nos de dar seguimento, na etapa que nos corresponde, e em síntese perfeita, ao espírito universalista essência do nosso próprio Ser? Porque a essência da nossa cultura é procurar ser uma síntese planetária e, como tal, tentar representar o Projecto da Humanidade. E isso só depende da nossa aceitação dos «deuses todos», de querermos «ser tudo de todas as maneiras», da nossa tomada de consciência de que todas as arestas se cruzam no vértice da pirâmide. E a nossa própria Bandeira é toda ela, por excelência, um símbolo de universalidade; e aliás, absolutamente sui generis: – um autêntico Tratado de Ciência Universal em expressão plástica, representando toda a Terra. Meus senhores: – o Projecto Global de Civilização que a Teoria do Campo (Caminho) Unitário propõe é eticamente justo, ecologicamente harmonioso, e politicamente equilibrado. E no plano específico da globalização política pode mesmo considerar-se como a condição sine qua non para: – ajudar decisivamente à sobrevivência do Continente Africano, estabilizar o Mundo Islâmico, facultar “estatuto” às potências emergentes, dar significância à América Latina, projectar mundialmente a experiência da União Europeia.
Até breve!
21 de Fevereiro, 2017
|
http://www.publicacoesmaitreya.pt
Para entrar em contacto com a Publicações Maitreya, sugerimos que o faça para: webmaster@publicacoesmaitreya.pt |
|
Sem comentários:
Enviar um comentário