quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

UM ENSINAMENTO SOBRE AS DUAS SERPENTES

Um Ensinamento Sobre as Duas Serpentes.

Eu Sou Maitreya  e vim de novo até vós.
Chegou, de novo, o momento maravilhoso da nossa comunicação. E vim partilhar convosco alguns dos meus pensamentos. É sempre possível encontrar manifestações Divinas no mundo que vos rodeia. E também é sempre possível encontrar coisas que não o são. Infelizmente, no momento presente, são as últimas que predominam. O vosso mundo não pertence ao grupo dos Mudos Divinos.
Há muito tempo, o mundo não era material e as suas vibrações eram semelhantes às vibrações Divinas. Isso foi há milhões de anos. O  homem não tinha um corpo físico. Tudo era como um jardim no paraíso. E tudo estava bem, excepto uma coisa pequena. O homem não possuía mente, auto-consciência ou livre-arbítrio. Esse facto impedia-o de criar, de se tornar um ser criador. Como não conseguia criar, também não conseguia evoluir. A sua existência era semelhante à dos animais.
As Forças Cósmicas Superiores já não possuíam mais oportunidades evolutivas para esses seres sem mente. Assim, os Filhos do Sol, os Filhos da Sabedoria desceram para os corpos humanos e dotaram-nos de mente _ o fogo da mente _ (o corpo causal ou alma) com a ajuda da qual o homem adquiriu a capacidade Divina de criar.
Estou a contar-vos esta lenda de uma forma ajustada ao vosso actual nível de consciência para vos ajudar a compreender melhor a vossa própria história e entender o momento do início da vossa queda na ilusão da matéria. 
À medida que o homem se foi tornando gradualmente capaz de usar as suas faculdades mentais, ele obteve a capacidade de escolher para onde direccionar a energia que flui ao longo dos seus corpos a partir da Fonte Divina. Conhecem certamente a lenda de Adão e Eva e a história da serpente tentadora. Presumem que essa tentação veio do exterior e, de certa forma, assim foi. O Homem recebeu a mente do exterior. Os Mestres da  Sabedoria desceram aos corpos dos humanos e conferiram-lhes a mente. Antes desse evento, o homem fora um ser irracional. Mas depois, tornou-se consciente de si mesmo. Começou a fazer escolhas conscientemente. E então, começou a criar karma. Nem as plantas nem os animais  têm karma. O karma, como consequência de uma acção consciente, é inerente apenas às criaturas que possuem mente. Portanto, logo que o homem adquiriu a mente, tornou-se responsável pelas suas acções _ por tudo o que fazia na Terra. Assim, a mente humana tornou-se simultaneamente o seu maior bem e a sua maior desgraça.
O homem sempre suspeitou intuitivamente que a responsabilidade por tudo o que lhe acontece e aconteceu vem do  exterior. Ora esta afirmação é correcta e errada ao mesmo tempo, porque depois de o homem ter adquirido a mente, ela tornou-se sua parte integrante. E assim, já não será mais possível culpar outros pelas coisas que lhe aconteceram. O homem começou a criar karma pelo facto de utilizar a Energia Divina de uma forma que não correspondia ao Plano Divino. Em consequência, essa Energia começou a adquiri uma certa densidade e formou o mundo que cercava o homem.. Desta forma o mundo material começou a ser criado e o karma começou a ser gerado.
O homem pode continuar  a culpar as forças externas, Lúcifer e o anjos caídos por todos os desastres que lhe têm acontecido. Pode até encontrar outros nomes noutras lendas. No entanto, se o homem não tivesse recebido a mente, ele não teria sido capaz de se colocar conscientemente em consonância com o plano que Deus tinha projectado para a sua evolução. Pelo facto de a ter utilizado erradamente, chegou mesmo a encarar a possibilidade de abolir a evolução da Terra por não corresponder ao Plano Divino.
Por essa razão, não é lógico culpar pelas vossas imperfeições todos aqueles que vos deram a oportunidade de continuar a evoluir. Na realidade, depois de os humanos terem sido dotados de uma centelha na mente, o karma das suas acções erradas começou a recair sobre eles mas também sobre todos os Mestres que lhe haviam proporcionado as condições da sua Humanidade.
Como resultado, tudo ficou interligado e a situação só pode desembaraçada quando o homem for capaz de superar o prazer da ilusão por ele criado e conseguir perceber o Caminho Espiritual que o aguarda e lhe está destinado. A mente humana é o seu maior  castigo mas, ao mesmo tempo, a melhor oportunidade para o homem percorrer o mundo físico como se passasse pelo purgatório, eliminando tudo o que não pertence à sua natureza Divina e transformando-se naquilo em que deve tornar-se no final da sua evolução _ um Homem-Deus.
A chave para a sua evolução está no interior da consciência. E enquanto continuar a procurar no seu exterior, os responsáveis pelos seus problemas e infortúnios, não obterá  quaisquer mudanças positivas. Poderão pensar durante mito tempo sobre quem recairá a culpa pelos desastres naturais que varrem milhares de vidas humanas. Mas até começarem a trabalhar com boa vontade na "gestão interna de respostas a furacões", nada irá mudar.
Assim, o principal ponto que deve agora considerar é que procurar culpados no exterior não é uma abordagem adequada. Deverão entender e aceitar que ninguém senão vós mesmos é responsável pelo que acontece na vossa vida. E tendo compreendido isso, deverão começar a resolver  o emaranhado do karma criado durante centenas e milhares de encarnações. Esgotam karma sempre que a vossa consciência consegue superar interiormente as situações conflituosas que afectam do exterior. Portanto, quanto mais cedo deixarem de procurar culpados  externos, tanto mais cedo superarão os limites do espaço e do tempo que criaram para si mesmos.
A Terra é como um imenso formigueiro onde cada indivíduo está ligado a todos os seres vivos do planeta. A nossa tarefa é um pouco como a do sol que envia a Luz e os seus raios vivificantes a todos os membros desse formigueiro. Esses raios far-vos-ão acordar e começarem a executar o trabalho que vos compete. E aquele instrumento original que têm vindo a aperfeiçoar durante o período da vossa evolução na Terra transformar-se-á na vossa maior bênção, porque é exactamente a vossa mente que vos permitirá atingir o pico maior da consciência Divina, que vos seria totalmente inacessível sem a experiência única adquirida durante o período em que encarnaram na Terra.
Foi a vossa mente que vos lançou no turbilhão da materialidade e será a vossa mente  a ajudar-vos a dele sair. As qualidades Divinas que desenvolveram durante o período das vossas peregrinações pelo mundo material permanecerão e transitarão convosco quando acederem aos Mundos Superiores. Mas, para isso, devem renunciar primeiro às suas qualidades inferiores_ os apegos e imperfeições da mente carnal.
É por isso que a vossa tarefa principal é aprenderem a distinguir interiormente aquilo que em vós é Divino daquilo que é uma criação ilusória no mundo físico.  Neste momento, este é como um ninho protector onde se sentem confortáveis.
Mas, mais cedo ou mais tarde, quando tiverem crescido, chegará o momento de o abandonar, abrir a asas e voar. Cada dogma que e instalou na vossa consciência tem de ser superado. Deverão fazer todos os esforços em romper com eles e em adquirir a capacidade de olhar imparcialmente para todas as lendas e preconceitos. A mente e a inteligência são a própria serpente tentadora que vos seduziu e afastou do caminho da virtude, levando-vos a seguir o caminho errado.
Mas, ao mesmo tempo, a vossa mente é a Serpente de Sabedoria que vos irá ajudar a redescobrir a senda da rectidão rumo ao Caminho mais elevado.
Pensem bem se não terá já chegado o tempo de romperem a casca dos dogmas e da ignorância. Pensem bem sobre o duplo significado do símbolo da serpente tentadora e da serpente da sabedoria.
Até hoje, têm trilhado o caminho descendente, mas talvez tenha finalmente chegado a hora de iniciarem a Ascensão.

EU SOU Maitreya, o vosso Guru.
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Do primeiro Livro: «Palavras de Sabedoria_Mensagens dos Mestres» (pág.455/459).
Mensageira: Tatyana Mickushina.
Tradutor: José Caldas.
Euedito/Publicações Maitreya_Portugal.
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(Florinda Rosa Isabel)












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