domingo, 22 de março de 2015

FACEBOOKIANDO: SABER DIZER NÃO!

FACEBOOKIANDO: SABER DIZER NÃO!

Nos finais da minha juventude, já eu estava a viver na província, e meu namorado, que era daquela localidade, estava em Lisboa, já empregado nos Bombeiros. Quando ele lá ia, em férias ou folgas, eu costumava achar sempre falta de qualquer coisa em casa para a minha Madrinha me deixar ir às compras. Ela percebia perfeitamente que era para ele me ver e ir comigo até ao cimo da escadaria, onde ficávamos a namorar um bocadinho. Naqueles tempos, os namorados só iam a casa das namoradas depois de as pedirem em casamento, portanto, ficando noivos, e só quando alguém da família estava em casa.
Um dia, não achei falta de nada, agarrei num cântaro que estava vazio e disse à Madrinha que ia à fonte enchê-lo.
Tudo aconteceu como o previsto e parámos no cimo da citada escadaria, de onde poderíamos ser observados do «posto de vigia»... Quando vimos a minha Madrinha a subir os  degrauzinhos, olhámos um para o outro muito admirados, não era costume... Que diacho! A distância "regulamentar" entre nós não tinha sido ultrapassada... Quando ela chegou, disse: «Vai pôr o cântaro a casa e vem namorar depois. Não te quero ver carregada sem necessidade, a dares cabo das costas.»
Bom, isto que acabo de contar é um exemplo de que, quando amamos alguém, é preciso saber dizer NÃO, se for para o bem da pessoa amada. E impor-se, se houver necessidade disso. Minha Madrinha amava-me e queria o melhor para mim.
E que acontece actualmente? Os pais amam os  filhos, mas são incapazes de pronunciar tal palavra, desde que o orçamento doméstico suporte esse capricho do seu amado rebento...Nem se preocupam em ponderar se é saudável para a criança ou se pode trazer amargas consequências no futuro:«Ah! Ele quis! Não se calva a pedir! É muito teimoso».
Pois!... Se a criança pedir veneno para se matar, compram-lho? Claro que não! Mas as loucuras que estão a permitir fazer nos corpos dos vossos filhotes, não acaba logo com eles, mas arriscam-se a vê-los morrer lentamente...
Sei que não gostam que eu aborde certas coisas, mas eu antes quero ver baixar a minha quantidade de amigos na minha página, do que, um dia, pensar: «Aconteceu! Por que foi que eu não alertei?».
As crianças não conhecem os perigos a que se expõem, cabe aos adultos por as mãos no leme.
Nenhuma barbaridade corporal infantil me choca mais do que vê-los com o corpinho furado sem necessidade... Depois, quando os furos infectam... «Ai, meu Deus!»
Pensassem em Deus antes, porque Ele  já destinou utilidade a todos os furos que possuímos, não precisamos de extras...
Florinda Isabel

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