«TUTORIA DA INFÂNCIA»
Alguém sabe o que isto é? Eu era criança quando esta Instituição existia, só a conhecia por ouvir falar dela e nunca por lá passei, graças aos dois Educadores que tive.
Esta Instituição destinava-se a crianças demasiado rebeldes que optavam pela vida que, actualmente, é considerada normal «nestas idades»... Pois sim! Quando o primeiro «educador alternativo aos bons conselhos» ministrados por nossos educadores deixava de funcionar _ o chinelo de pano_ passavam para o segundo _ o cinto... Quando já nada funcionava e os vizinhos não largavam a porta dos pais, com queixumes, e estes já não aguentavam pagar tanto prejuízo, iam colocar seus rebeldezinhos na Tituria da Infância. Como último recurso, pois evitavam fazê-lo, uma vez que, toda a criança que para lá entrasse, só poderia sair quando atingisse a maioridade. E de nada serviam os pedidos paternos, porque a Instituição empenhava-se em fazer deles dignos cidadãos. Nem que eles começassem a dar provas de que iriam comportar-se bem, não saíam, para não haver perigo de recaída, ao se juntarem a outros que os desencaminhassem. Assim, já adultos, era mais garantido terem completo domínio sobre si. Lembro-me de ver algumas mães a chorar, junto da minha Madrinha (foi quem me criou), pois ela vendia roupa, tinha algumas clientes certas, ia buscar ao armazém as encomendas e, pelo caminho, sempre ia vendendo. Recordo de uma contar que a filha, adolescente, se abraçava a ela, a pedir-lhe perdão por lhe roubar dinheiro e "andar" com rapazes. E prometia não voltar fazer isso. Mas a Instituição recusava a entrega.
Bom, isto que acabo de contar, é para aqueles que lamentam a Juventude (eu direi alguma juventude, não gosto de generalizar...) perdida, aceitarem que passámos de um extremo ao outro: Precisamos do meio-termo.
Florinda Isabel
Alguém sabe o que isto é? Eu era criança quando esta Instituição existia, só a conhecia por ouvir falar dela e nunca por lá passei, graças aos dois Educadores que tive.
Esta Instituição destinava-se a crianças demasiado rebeldes que optavam pela vida que, actualmente, é considerada normal «nestas idades»... Pois sim! Quando o primeiro «educador alternativo aos bons conselhos» ministrados por nossos educadores deixava de funcionar _ o chinelo de pano_ passavam para o segundo _ o cinto... Quando já nada funcionava e os vizinhos não largavam a porta dos pais, com queixumes, e estes já não aguentavam pagar tanto prejuízo, iam colocar seus rebeldezinhos na Tituria da Infância. Como último recurso, pois evitavam fazê-lo, uma vez que, toda a criança que para lá entrasse, só poderia sair quando atingisse a maioridade. E de nada serviam os pedidos paternos, porque a Instituição empenhava-se em fazer deles dignos cidadãos. Nem que eles começassem a dar provas de que iriam comportar-se bem, não saíam, para não haver perigo de recaída, ao se juntarem a outros que os desencaminhassem. Assim, já adultos, era mais garantido terem completo domínio sobre si. Lembro-me de ver algumas mães a chorar, junto da minha Madrinha (foi quem me criou), pois ela vendia roupa, tinha algumas clientes certas, ia buscar ao armazém as encomendas e, pelo caminho, sempre ia vendendo. Recordo de uma contar que a filha, adolescente, se abraçava a ela, a pedir-lhe perdão por lhe roubar dinheiro e "andar" com rapazes. E prometia não voltar fazer isso. Mas a Instituição recusava a entrega.
Bom, isto que acabo de contar, é para aqueles que lamentam a Juventude (eu direi alguma juventude, não gosto de generalizar...) perdida, aceitarem que passámos de um extremo ao outro: Precisamos do meio-termo.
Florinda Isabel
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