quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

(2) «A EDUCAÇÃO COMEÇA ANTES DO NASCIMENTO»

    (2) «A EDUCAÇÃO COMEÇA ANTES DO NASCIMENTO»
    Das Palestras do Amado Mestre Omraam Mikhael Aivanhov.

    Se, em casa, os pais não param de oferecer  aos filhos o espectáculo das suas disputas, das suas mentiras, das suas poucas-vergonhas, como podem eles imaginar que vão educá-los? Tem-se observado que um bebé pode ficar doente e manifestar distúrbios nervosos na sequência de discussões entre os pais: mesmo que ele não tenha assistido, essas disputas criam à sua volta uma atmosfera de desarmonia de que ele se ressente porque está ainda muito ligado aos pais. O bebé não está consciente, mas, apesar disso, é muito receptivo, é o seu corpo etérico que recebe os choques.
     Os pais devem tomar consciência das suas responsabilidades. Se forem incapazes  de mostrar-se à altura da sua missão, não têm o direito de convidar espíritos a incarnar-se. Vejo alguns comportarem-se de forma tão estranha que não posso deixar de perguntar-lhes: «Mas, afinal, vós gostais dos vossos filhos?» Eles ficam indignados: «Como? Se gostamos dos nossos filhos? É caro que sim!»_Pois bem, eu acho que não, porque,  se gostásseis deles, mudaríeis de atitude, começaríeis a corrigir  em vós certas fraquezas que se reflectem neles de um modo muito negativo. Vós não fazeis qualquer esforço! É isso o vosso amor?
     Eu sei que o futuro da Fraternidade está nas crianças, mas é dos pais que me ocupo, fazendo-lhes compreender que não devem trazer filhos ao mundo só para satisfazer o instinto atávico de procriação.  Esse instinto existe, é claro, mas deve ser compreendido de maneira mais espiritual; é preciso que o pensamento, a alma, o espírito, participem nesse acto, para que a criança esteja ligada a um mundo superior. Na maioria dos casos, os humanos contentam-se com a bestealidade: comem, bebem, procriam como os animais, não existe nada de espiritual nos seus actos. O amor não tem qualquer importância, e esse prazer de alguns minutos eles terão depois de pagá-lo, eles e os seus filhos, durante a vida inteira.
   Quereis que eu me ocupe das crianças? Não, é de vós que me ocupo em primeiro lugar, e ao ocupar-me de vós ocupo-me indirectamente das crianças que já tendes e daquelas que tereis no futuro.
     Quando querem um filho, a maioria dos humanos imaginam que os seus poderes se limitam a fazer fisicamente o que é necessário para isso; tudo o resto, a constituição da criança, o seu carácter, as suas faculdades, as suas qualidades  e defeitos, depende do acaso ou da vontade de Deus, de que eles não têm uma ideia muito precisa. Como, entretanto, ouviram falar da hereditariedade, presumem que esse seu filho se parecerá fisicamente e moralmente com os pais, com os avós, com um tio ou com uma tia. Mas não pensam que podem fazer qualquer coisa para favorecer ou impedir esta parecença, nem, de uma forma geral que podem escolher o que será essa criança. Pois bem, é nisso que eles se enganam! Os pais podem agir sobre a criança que há-de vir incarnar-se  na sua família.
     Porém, é antes da concepção que os pais devem preparar-se para poder atrair um espírito sublime, porque uma entidade superior não pode aceitar vir incarnar-se senão através de seres que já chegaram a um certo grau de pureza e de autodomínio.
(continua)

    (Florinda Isabel)


















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