segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

(9º) DO LIVRO: «A EDUCAÇÃO COMEÇA ANTES DO NASCIMENTO»

     (9º) DO LIVRO «A EDUCAÇÃO COMEÇA ANTES DO NASCIMENTO»
     Das palestras do Instrutor/Pedagogo, Mestre Omraam Mikhael Alvanhov
     Colecção Izvor, Éditions Prosveta (França/ Publicações Maitreya (Portugal)
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    (Saltei alguns capítulos, este é precisamente dos últimos desta série. Finalizo, com uma parte que também considero de estrema importância na educação de uma criança)
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     «...Uma criança que tenha sido estragada com mimos exigirá sempre que se tenha para com ela a mesma atitude. Infelizmente, nesse momento só haverá uma força capaz de a educar, a vida, pois, a vida é impiedosa. Porém, que sofrimentos inúteis os pais evitariam aos filhos se soubessem impor-se aos seus caprichos!
    Por isso, eu digo muitas vezes aos pais: Atenção, atenção! A vossa bondade não passa de fraqueza e ignorância. Mais tardem chorareis, pois sereis as primeiras vítimas da vossa bondade estúpida!...»
    «... Se ninguém mostrar a uma criança que há regras a respeitar e se, logo desde muito pequena, ela tiver a impressão de que tudo tem de vergar-se aos seus caprichos, como quereis que ela obedeça a quem lhe fizer uma censura? Ela não obedecerá, é normal. Quererá fazer frente a tudo, partir tudo...»
   «... Um dia, eu encontrei-me numa família de pessoas ricas e bem colocadas  na sociedade que estavam muito preocupadas por causa do seu único filho, que só lhes causava dissabores.  Mimavam-no, davam-lhe muito dinheiro, e ele, evidentemente, divertia-se, descurando os estudos.  Eu queria ajudá-los e então disse-lhes: 'Quereis salvar o vosso filho?  Em primeiro lugar, ele não é dotado para os estudos. Se eu estivesse no vosso lugar, punha-o como aprendiz numa oficina de automóveis, com um patrão exigente que o obrigasse a trabalhar e deixaria de lhe dar dinheiro, pois essa facilidade só desenvolve o seu lado mau'...» «...porque se sentiram humilhados, continuaram a mandar o filho para as melhores escolas de França e no estrangeiro e a estragá-lo com mimos e presentes...» «Alguns anos mais tarde, a situação tornou-se tão catastrófica, que os pais se lembraram do concelho obre a oficina de automóveis. Eu dissera-lhes que mandassem o filho aprender com o patrão de uma oficina e, em vez disso, compraram-lhe a mais cara e moderna oficina que conseguiram encontrar. É claro que ninguém preparara aquele rapaz para ser o patrão de uma oficina daquelas e aconteceu o que tinha de acontecer: algum tempo depois, ele levou-a à falência...»
     «... Actualmente, os pais já não ousam utilizar métodos que forjam o carácter dos filhos. Dizem: 'Ah, não queremos que eles sofram, queremos que tenham tudo o que desejam.' Pois bem, com essa fraqueza lançam os  seus filhos no abismo. Um dia, não conseguirão fazer nada deles, terão até, na sua frente carrascos que os espezinharão, e receberão lições pungentes por causa da sua má pedagogia.
     No passado, foi assim que muitas pessoas educaram os seus filhos, mesmo reis, porque os reis tinham sempre no seu  palácio sábios que os aconselhavam. Eis um exemplo dos conselhos que esses sábios davam: 'Majestade, tendes um filho que está destinado a reinar. Mas será ele justo, será honesto, imparcial? Eis o que deveis fazer: antes mesmo que o vosso filho saiba que é um príncipe e o futuro herdeiro do vosso trono, mandai-o viver no seio de uma família pobre para ele ver como os homens sofrem e lutam, como eles trabalham par ganhar o menor pedaço de pão. Quando ele regressar e subir ao trono, governará com justiça, clemência e misericórdia'.
    Actualmente, a famílias ricas não querem mandar os seus filhos trabalhar para um patrãozeco, em condições duras e difíceis. Mandam-nos para as grandes capitais, onde conviverão com príncipes, onde jogarão ténis, praticarão patinagem, natação...»
    «...Os pais que querem ver seus filhos assumir mais tarde grandes responsabilidades devem dar-lhes uma educação que os faça conhecer as dificuldades da vida; senão, como compreenderão eles o esforço dos seus trabalhadores, dos seus soldados, dos seus subordinados? Aqueles que vieram de um meio muito pobre e subiram pelo  seu trabalho são seres compreensivos  e muitas vezes, até compadecidos pelo sofrimento dos outros, porque eles próprios sofreram. Ao passo que os outros dirão como a rainha Maria Antonieta: 'Eles não têm pão?... Então comam brioche!' Ela não podia compreender»
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 (Florinda Rosa Isabel)
                       













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