domingo, 21 de fevereiro de 2016

(8º) «A EDUCAÇÃO COMEÇA ANTES DO NASCIMENTO»

    (8º) «A EDUCAÇÃO COMEÇA ANTES DO NASCIMENTO»
    Colecção  Izvor, Éditions Prosveta(França)/ Publicações Maitreya (Portugal)
    Das palestras do Mestre Omraam Mikhael Aivanhov
    Estão a ocorrer na sociedade um certo número de modificações que nem sempre são favoráveis à educação das crianças. Por exemplo: as mulheres trabalham cada vez mais; elas desejam sentir-se tão independentes como os homens e, como o  trabalho lhes dá essa independência, querem ter um emprego.  Porém, esse emprego obriga-as a descurar os filhos, que, muitas vezes, ao regressarem da escola, não encontram ninguém em casa: o pai e a mãe estão no trabalho! Então, as crianças desembaraçam-se como podem... e desembaraçam-se muito bem a fazer disparates longe dos pais, em relação aos quais se tornam cada vez mais estranhas!
   Eu não digo que as mães não devam trabalhar, apenas constato as consequências que estes novos hábitos têm na educação das crianças. Não dou nenhum conselho, cabe a cada um resolver pessoalmente o seu problema, mas penso que, para as crianças, nada pode substituir a presença de uma mãe em casa desde que ela esteja verdadeiramente presente, é claro, e saiba  desempenhar o seu verdadeiro papel de educadora.
    Direis «Sim, mas essas mudanças na mentalidade devem-se também à  industrialização, ao progresso técnico.» É claro, atribui-se sempre a responsabilidade a factores exteriores. O progresso técnico não tinha necessariamente de conduzir o homem a um situação catastrófica. Foram os próprios humanos que, por causa da sua ignorância, do seu egoísmo, dos seus apetites, se deixaram chegar a esta situação. Acusa-se sempre as condições; mas quem as criou? Elas não caíram do céu. O progresso técnico era uma coisa boa, ele podia precisamente aliviar a tarefa do homem. Por que é que a humanidade fez com que ele esteja a absorver todas as suas energias e a causar a sua ruína?
      De qualquer modo, nada justifica que, sob o pretexto de que estão ocupados os pais deixem os filhos sozinhos ou os confiem a outros: a mulher-a-dias, a vizinha, etc... Por que é que eles puseram essas crianças no mundo? Se não se ocupam delas, teriam feito melhor deixando-as ficar onde estavam. Estes pais receberão lições, e serão os seus próprios filhos que lhas darão, que os farão sofrer. Dado que os chamaram à terra, que lhes deram um corpo,  os pais devem ocupar-se dos seus filhos e não delegar essa tarefa noutras pessoas. Só Deus sabe as asneiras, ou até as canalhices, que essas pessoas podem inculcar neles!... Mas eu não quero entrar em detalhes.
    Os pais são de uma inconsciência! Em vez de ser ela própria a amamentar o seu bebé, a mãe confiá-lo-á, para isso, a qualquer mulheraça que tenha muito leite, sem se preocupar com as doenças ou os vícios que ela possa transmitir à criança através do seu leite. A criança recebe no leite algo do carácter da mulher que a alimenta. Por isso, é importante que seja a mãe a alimentar o seu filho  e que, ao fazê-lo, ela pense em dar-lhe muito amor. Então, o filho nunca a abandonará, nunca a fará sofrer, porque, com o leite, também o amor da mãe o alimentará.

     Reparai agora num ponto muito interessante: antes do nascimento, a mãe alimentou o filho com o seu sangue; depois de ele ter nascido, ela alimenta-o com o seu leite. Simbolicamente, o sangue, que é vermelho, representa a vida, a força, a actividade. E o leite, que é branco, representa a paz, a pureza;  é um princípio de harmonia que vem equilibrar as tendências puramente biológicas representadas pelo sangue. Por isso, todas as crianças que não forem alimentadas com o leite da sua própria mãe não podem manifestar-se mais tarde de uma forma ideal. O leite de outras mulheres ou o dos animais não contém, para a criança, os mesmos elementos que o da mãe.
     A mãe que amamenta o seu filho dá-lhe, através do leite um amor e uma ternura de que ele tem absoluta necessidade para se desenvolver. Por isso, ela não deve amamentá-lo quando está irritada ou mal disposta, porque esses estados negativos envenenam o leite e, assim, o filho recebe elementos que podem pô-lo doente, física e psiquicamente. As mães têm de estar  muito atentas e preparar-se sempre para amamentar o filho no melhor estado possível.
     Muitas mães, por razões estéticas, frívolas, dão o biberão ao filho ou encarregam alguém de o fazer. Entretanto, vão a bailes, a jantares, a reuniões, e acham mais divertido guardarem o seu peito para os homens, para o seu marido ou o seu amante, porque parece que dar de mamar a um filho estraga o peito!... Presentemente, vê-se tantas atitudes erradas e desordenadas neste domínio!É por isso, por não terem sido alimentados pelo amor, pelo leite da mãe, que, cada vez mais, os filhos se tornam estranhos aos seus pais e se afastam deles. Acreditai em mim, não estou a inventar nada, são factos que foram verificados.
    Quando a mãe alimenta o seu filho, deve fazê-lo conscientemente, pensando nele, falando-lhe para lhe dar uma parte do seu coração, da sua alma, da sua quinta-essência. Um filho assim alimentado amará eternamente a sua mãe; mesmo que ela seja ignorante, mesmo que não seja bela, ele adorá-la-á.
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    (Que pensaria o Mestre do "negócio" actual, com as Barriga de Aluguer, se já existisse no tempo em que andou cá pela terra? Ui! Nem consigo imaginar!)

      (Florinda Rosa Isabel)













 

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