domingo, 21 de fevereiro de 2016

(7º) «A EDUCAÇÃO COMEÇA ANTES DO NASCIMENTO»

  (7º) «A EDUCAÇÃO COMEÇA ANTES DO NASCIMENTO»
   Colecção Izvor, Éditions Prosveta (França)/Publicações Maitreya (Portugal)
   Através das palestras do Mestre Omraam Mikhael Aivanhov

      A criança, ela própria, não possui nada, recebe todos os materiais da mãe. É por isso que, ao dar-lhe esses materiais, ela deve estar muito consciente e, por intermédio dos seus pensamentos e dos seus sentimentos, dar-lhe apenas as partículas mais puras e mais luminosas.
     Todos estes fenómenos do mundo invisível são desconhecidos da maioria das pessoas. Mas o papel do Ensinamento é precisamente o de tornar-vos sensíveis  a todo esse mundo subtil, impalpável, mais real do que a própria realidade. Graças a ele tornais-vos mais conscientes, mais atentos a todas as correntes que vos influenciam, a todas as presenças que vos rodeiam. E é essa consciência que vos torna capazes de trabalhar para o bem.
     Os homens e as mulheres nunca deve esquecer que os filhos que tiverem irão reflectir um dia, de uma maneira ou de outra, a sua própria maneira de pensar e de viver, porque tudo o que se passa na cabeça ou no coração dos homens se realiza, mais cedo ou mais tarde; cada um dos seus pensamentos, cada um dos seus desejos, no momento em que aparece nele está vivo, e o filho que vem existia já na cabeça ou no coração do pai ou da mãe. Portanto, se, ao crescer, o vosso filho se torna um anjo que vos ajuda, é porque ele era uma ideia magnífica que mantivestes em vós durante anos,  uma ideia que se incarnou agora no vosso filho e que, através dele, continua a ajudar-vos. Porém, se essa criança só vos causa aborrecimentos, sabei que ela é a incarnação de uma ideia criminosa que também foi alimentada por vós.
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     «... É verdade que certos biólogos, que fizeram experiências com ratos, descobriram que os estados de medo e de angústia vividos pela mãe rata durante a gestação se reflectiam depois na sua prole. Pois bem, como sempre os ratos! Estudam-se os ratos em vez de se estudar as mulheres, que dão à luz desde há milhões de anos. São os ratos que vão ensinar aos homens o que é verdadeiro e o que é falso! Fabricam-se laboratórios para lá se estudar os ratos e dá-se uma importância fantástica a esses laboratórios, ao passo que os laboratórios da natureza, que foram criados desde o começo e que têm muito mais clientela do que os laboratórios dos humanos esses não contam! Agora são os ratos que vão instruir a humanidade! Então, e as mulheres? Isto é um grande vexame para elas! Como é possível elas não estarem indignadas?
     Eu deixei os ratos em paz. Observei algumas mulheres grávidas e, após alguns anos, observei os filhos; vi que as perturbações, as agitações, as preocupações deste ou aquele mês da gravidez, se reflectiam nesta ou naquela época da vida da criança. Mas estava-se à espera da resposta dos ratos e, entretanto,  povoou-se a  terra com monstros. E mesmo admitindo que os biólogos agora tenham compreendido_o que não é ponto assente_ que aquilo que é verdadeiro para os ratos é ainda muito mais verdadeiro para as mulheres, de qualquer modo eles estão muito atrasados, porque, para re-educarem a humanidade, com a lentidão dos seus métodos têm aí muitos séculos. De resto, não acrediteis que ele farão a mais pequena coisa para que as mulheres beneficiem das suas descobertas! Continuarão a ocupar-se dos ratos e não indicarão às mulheres o que elas devem fazer durante o período da gestação.
     É por isso que eu lanço um apelo às mulheres do mundo inteiro: «Despertai, caras irmãs, e tomai consciência dessa tarefa grandiosa que Deus vos confiou. Sois depositárias de segredos incríveis graças aos quais podeis regenerar a humanidade. Mas vós não sabeis isso e brincais com esses segredos... Tomai agora consciência da vossa missão, e os homens, pelo seu lado, deverão encarregar-se de preparar as melhores condições possíveis para que possais pôr em prática esse trabalho grandioso e mágico.» É claro que, ao escutar-me, muitas mulheres dirão: «Nós manifestámos, durante séculos, o amor e a bondade; porém, os homens não nos compreenderam, ridicularizaram-nos.» Sim, eu sei,  a maioria dos homens comportou-se como crianças egoístas. Mas eles foram assim porque as mulheres não souberam desempenhar o seu papel de mães, não aplicaram as leis da galvanoplastia espiritual enquanto os traziam no seu ventre, e agora sofrem as consequências do seu mau trabalho.
    A natureza  deu às mulheres poderes que elas não exploram ou exploram mal. É preciso que elas tomem consciência desses poderes, que saibam  que delas depende todo o futuro do género humano. Se as mulheres quiserem compreender-me, serão uma força fantástica no mundo, nada poderá  resistir-lhes.  Porém, devem ligar-se através de um ideal formidável. De momento, elas estão desunidas, salvo quando se trata de ir seduzir os homens e de os atrair para as suas armadilhas; é por isso que não são ainda verdadeiramente poderosas. Doravante, é preciso que todas as mulheres da terra se liguem com vontade de regenerar a humanidade. Apesar da sua inteligência, das suas capacidades, o homens pouco podem neste domínio. Foi a mulher, foi a mãe, que recebeu esta missão, pois a natureza deu-lhe o poder de influenciar o filho que vai nascer. 
     É por isso que eu vos peço a vós, irmãs da Fraternidade (1), que vos torneis conscientes desta missão grandiosa, e também que esclareçais por toda a parte, no mundo inteiro, as vossas irmãs que estejam na ignorância. Este ideal, este desejo de ser úteis, encher-vos-á o coração, a alma, o espírito.  Sentir-vos-eis sempre inspiradas, sempre dilatadas, sempre ricas, porque este ideal de contribuir para a felicidade da humanidade animar-vos-á. Enquanto não tiverdes este ideal na vossa alma, nada poderá contentar-vos; quaisquer que sejam as vossas posses, estareis no mesmo estado de vazio, de insatisfação. Só esta preocupação de cumprir a missão que Deus vos deu e de fazer o que o Céu espera de vós vos tornará radiosas, luminosas e felizes.»
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     (1) Esta chamada de atenção não está no livro, foi colocada por mim para explicar que a Fraternidade a que o Mestre se dirige, era aquela  que o ouvia na altura, pois todo este livro foi elaborado a partir das suas palestras, por vezes, com alguns improvisos.

        (Florinda Rosa Isabel)
       




























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