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| A todos, a nossa saudação. |
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Caros Amigos,
Voltamos com mais uma excelente notícia:
Está já disponível mais um livro com os ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov - "O GRÃO DE MOSTARDA", traduzido agora pela primeira vez para a nossa língua. Poderão já vê-lo em www.publicacoesmaitreya.pt - Colecção "Prosveta" e o seu preço é de € 19,00.
Páginas 112 a 115:
Agora, escutai-me com atenção. A criança e o velho são os dois estados que devemos desenvolver durante a nossa existência. A criança é o amor que traz a abundância das forças e das energias, que quer ver tudo, tocar tudo, que quer agir e manifestar a vida. O velho é a sabedoria, que não se agita, mas que faz observações, análises, e que, sobretudo, sabe tirar conclusões. Hoje em dia, por toda a parte – na sociedade, nas escolas, nos negócios –, os homens desenvolvem o intelecto e esquecem o coração. Estudam, tornam- -se insensíveis, críticos, desconfiados, descontentes. O lado “velho” está perfeitamente desenvolvido, mas onde está o lado “criança”? Observai as criancinhas quando aprendem a andar: elas caem, levantam-se, tornam a cair e levantam-se de novo, até conseguirem manter-se em pé. Os velhos procedem de modo diferente. Se fazem uma experiência no domínio espiritual, por exemplo, e caem por algum motivo, dizem: «Pronto, acabou-se! Não farei uma segunda tentativa!» No plano físico, se eles caem, esperam que os levantem, mas, quando os socorrem, é para os levar ao hospital. Isto significa que um ser que seja um velho no seu caráter, na sua alma, nos seus pensamentos, se lhe acontece cair, já não se levanta, diz para consigo que os outros é que devem levantar-se e agir, ele não, pois a sua vida terminou. Não, ele deve fazer milhares de tentativas, se necessário for, mas deve levantar-se para continuar, caso contrário não aprenderá a caminhar no Reino de Deus. Continuai a observar as crianças. Se lhes dais um doce, uma pedra, um inseto, elas rejubilam, ao passo que os velhos, mesmo que lhes deis uma casa, não ficam contentes e queixam-se por não lhes terdes dado duas ou três. Se lhes derdes um milhão, quererão dez milhões. Deus deu-lhes uma quantidade de coisas, mas eles não as veem e nunca estão contentes, passam o tempo a resmungar. Por isso, não entrarão no Reino de Deus, pois o Reino de Deus é um estado de consciência feito de flexibilidade e de alegria. Se não são capazes de entrar no Reino de Deus durante esta vida, muito menos o conseguirão quando estiverem do outro lado! A entrada está-lhes vedada desde já. Não penseis que, ao falar-vos assim dos velhos, eu me refiro apenas à idade, pois há jovens que, aos 16 anos, já são interiormente velhos: estão estragados, fatigados, sem gosto por nada, tristes e mortiços; nada lhes interessa, nenhuma atividade os tenta; são incapazes de viver um arrebatamento, de se encantar, de se maravilhar. Há velhos que, pelo contrário, têm o coração jovem, sempre criança, rico, inesgotável. Temos vontade de os beijar, tão radiosos, alegres e deliciosos eles são. Sim, apesar da sua idade, desejamos beijá-los, pegar-lhes ao colo, pois são crianças. As crianças não se preocupam com o dia de amanhã, sorriem, sabem que os pais as alimentarão, as vestirão e lhes darão brinquedos. Os velhos estão cheios de preocupações, fazem continuamente cálculos para o futuro, pensam em como ganhar dinheiro, como vender a sua casa, etc. E toda a cultura contemporânea nos ensina precisamente a sermos velhos. Não fica bem ser-se criança, ao que parece. A censura mais grave que se pode fazer a alguém é dizer- -lhe: «Está a agir como uma criança... Parece uma criança!» Para agradar à opinião pública, é preciso ser-se tristonho, sério, lento, cristalizado. Se um adulto é alegre, simples, acessível, considera- -se que ele não é sábio nem profundo. Com esta filosofia, que mata cada vez mais os bons ímpetos da sua natureza, o homem destrói-se. Por isso, tornai-vos crianças, com um coração sempre vivo, amoroso, interessando-se por tudo, perdoando depressa, alegrando-se com as mais pequenas coisas, esquecendo rapidamente as ofensas, as tristezas e as quedas, um coração sempre disposto a amar, a abraçar o mundo inteiro, um coração que não se cristaliza, que não arrefece. Enquanto o coração mantém o seu calor, não pode envelhecer. As crianças estão cheias de confiança nelas próprias, julgam-se capazes de lutar com os grandes, de os deitar abaixo, de ser mais fortes do que eles; quando tentam, não conseguem, mas continuam a acreditar. Também acreditam em tudo o que lhes dizem, mesmo que sejam mentiras. Pelo contrário, os velhos não acreditam em vós, mesmo se lhes disserdes a verdade. São desconfiados e respondem: «Quantas vezes eu já vi isso, meu filho! Não sou suficientemente estúpido para ainda acreditar, já não conseguem enganar-me!» Na realidade, consegue-se enganá-los muito facilmente, pois eles já não veem com muita clareza, exceto, é claro, se forem velhos no sentido iniciático do termo. Vou contar-vos uma pequena história. Passou-se na Bulgária... Dois velhos, um homem e a sua mulher, amavam-se muito e viviam de forma muito simples. Eles tinham um cavalo, e o marido, que já não podia trabalhar, decide ir vendê-lo ao mercado. Ao partir, beijou a mulher, que estava muito contente porque ele prometera trazer- lhe um presente. O velho chega ao mercado e passeia-se com o cavalo, que era um animal magnífico. Ao passar, repara numa vaca que um camponês leva e diz para consigo: «Ora aqui está uma vaca que pode dar leite. A minha velha mulher vai ficar feliz por poder bebê-lo todos os dias.» Então, entra em conversa com o camponês e troca o cavalo pela vaca. Muito contente, continua o caminho com a sua vaca... Alguns minutos depois, vê uma ovelha bem gorda, com uma bela lã branca, e pensa: «Aqui está o que eu preciso. A minha mulher vai ficar encantada por ter não só o leite, mas também a lã que ela anda a pedir-me há tanto tempo. Será perfeito.»E faz a sua proposta ao dono da ovelha, que, evidentemente, aceita de imediato a troca pela vaca. Um pouco mais adiante, o velho vê uma galinha na mão de um camponês. Acha-a magnífica e diz para consigo: «Ora bem! Com uma galinha, a minha mulher comerá os ovos. O leite, é preciso mugi-lo, ao passo que os ovos estão prontos a cozinhar. » Troca, então, a ovelha pela galinha e continua o seu caminho. Mas repara nuns ovos, uns ovos lindos: «Em vez de esperar que a galinha os ponha – pensa ele –, não será melhor comprar ovos já postos?» E propõe ao comerciante a troca da galinha pelos ovos. Feito isto, fica muito contente por levar à sua mulher uns ovos tão magníficos. Ainda mais adiante, encontra um homem a vender agulhas e pensa: «Mas a minha mulher precisa de agulhas para coser», e troca os ovos por uma agulha. Por fim, à tardinha, muito feliz com o bom negócio que tinha feito, volta para casa. Bate à porta... Como já se ia fazendo tarde, a mulher estava inquieta, mas veio abrir e acolheu-o, sorrindo: «Ah, voltaste! Como estou contente!» E o marido relata-lhe como tinha sido o seu dia: «Sabes, mulher, troquei o nosso cavalo por uma vaca. – Está perfeito, assim poderei beber o leite. – Sim, mas depois troquei a vaca por uma ovelha. – Ah! Ainda bem, assim terei também lã. – Não, porque eu dei a ovelha em troca de uma galinha. – Tanto melhor, comerei ovos fresquinhos! – Mas eu troquei a galinha por ovos. – Melhor ainda, pois a galinha teria sujado tudo por onde passasse. – Pois, mas eu troquei os ovos por uma agulha. – Ah, é magnífico! Eu precisava mesmo de uma agulha para coser!», e o velho procurou a agulha em todos os seus bolsos, mas constatou que a perdera. Então, a mulher diz-lhe: «Sabes, antes assim, pois tenho falta de vista e já não consigo coser muito bem.» E ambos ficaram imensamente satisfeitos: ela por não ter de coser e ele por ter pensado em trazer-lhe um presente. Estais a rir, mas estes dois velhos tinham uma filosofia magnífica. Não eram muito inteligentes nem muito sábios, isso é notório, mas a harmonia que havia entre eles tornava-os felizes. Tudo o que um fazia era adorável para o outro. Por isso, viviam uma vida esplêndida, plena de felicidade e de juventude. Vós achais estúpido, é claro, mas parece-vos mais inteligente a maneira como a maior parte das pessoas casadas se comporta?3 Quando o marido regressa a casa, a mulher começa a criticá-lo porque só deu duas bofetadas a este ou àquele em vez de lhe ter dado uma boa sova; depois, zanga-se porque ele só trouxe alguns milhares de francos em vez de alguns milhões, e assim ela não poderá comprar vestidos e joias. E discutem... Sim, porque são muito “inteligentes”. Em seguida, recorrem a uma grande ciência, procuram o apoio de advogados para fazer queixas, de padres para se confessar... Mas ninguém consegue reconciliá-los, pois são inteligentes demais. São velhos. Temos de ser como as crianças. Claro que eu não vos aconselho a ser como o velho desta história que acabo de contar-vos, mas sim como a sua velha mulher, que se alegrava com tudo e que era adorável. Eu conheço estes velhos, ainda estão vivos. Talvez tenham dois a três mil anos, mas ainda estão vivos. Evidentemente, é muito raro encontrar gente como esta, pois todos são muito inteligentes. No entanto, virá o dia em que todos quererão ser um pouco “estúpidos”, isto é, não ligar tanta importância às condições exteriores, às vantagens materiais, quererão aceitar tudo, dizendo «Ainda bem!» e agradecendo ao Céu por isso. Omraam Mikhaël Aïvanhov
Como habitualmente, as encomendas poderão ser efectuadas através de e-mail paraflora@publicacoesmaitreya.pt, ou pelos telefones 222 012 120 - 919 098 583. A liquidação é feita através de transferência em multibanco para o IBAN PT50 0010 0000 5123 2850 0010 4 e o custo de envio para Portugal Continental e Ilhas decorre por nossa conta, como habitualmente.
Até breve!
27 de Fevereiro, 2016
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