De palestra improvisada, pelo Mestre Omraam Mikhael Aivanhov (1900-1986), filósofo e pedagogo.
Livro: «O Riso do Sábio», colecção Izvor.
«Na medida em que as lágrimas libertam uma certa tensão interior, elas são úteis, qualquer que seja a sua origem. Mas é evidente que as lágrimas de alegria e de deslumbramento são as mais benéficas. Não enxugueis essas lágrimas com as costas da mão, pois elas são preciosas. O Mestre Peter Deunov aconselhava-nos a recolhê-las num lenço e a guardar cuidadosamente esse lenço, pois tais lágrimas possuem um grande poder. As lágrimas de despeito, de desgosto, de cólera , deixai-as secar, elas não passam de um pouco de água salgada, mas guardai as lágrimas que foram arrancadas às profundezas da vossa alma.
As lágrimas de alegria reconfortam-nos, embelezam-nos e rejuvenescem-nos. Certas pessoas pensam que nunca chorar é mostrar carácter. Não, isso depende do motivo por que se chora. Pode acontecer que as flores do nosso jardim interior precisem de ser regadas quando começam a murchar ou a cobrir-se de pó. Então, as lágrimas regam-nas e lavam-nas suavemente.
E da mesma forma que as lágrimas não demonstram fraqueza de carácter, o riso nem sempre significa negligência ou falta de seriedade.
Observar como o Mestre Peter Deunov, por vezes, ria com tanto gosto fez-me reflectir, compreendi que o riso age mais beneficamente sobre o mental do que esse ar grave, austero, que muitos crêem ser característico de um sábio, pois há no riso energias vivas que alimentam o cérebro.»
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(Florinda Rosa Isabel)
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