De uma palestra improvisada do amado Mestre Omraam Mikhael Aivanhov.
Livro: «Do Homem a Deus». Colecção Izvor.
«Uma pessoa teve uns sonhos premonitórios, sentiu que ela própria ou outras pessoas estavam em perigo, viu que um acontecimento ia ter lugar. Então, muito contente por descobrir em si um dom que encanta todos os que a rodeiam, proclama-se clarividente, abre uma "loja", e uma quantidade de pessoas preocupadas consigo próprias ou com a sua família, vêm consultá-la. E assim, pouco a pouco, este novo clarividente começa a transmitir diariamente "mensagens do Céu". Será que uma tal pessoa pára, de vez em quando, para pensar se estará à altura das suas pretensões? Não; uma vez que teve alguns sonhos premonitórios, algumas intuições que se confirmaram, imagina que é capaz de dar, a qualquer momento, respostas acertadas a todas as perguntas e que nunca se engana. Mas, infelizmente, não é assim, e quem desejar verdadeiramente desenvolver dons de clarividência deve trabalhar da após dia, com grande vigilância, o seu mundo psíquico, senão ficará numa desordem interior inextricável, enganar-se-á e enganará os outros. Muitos que se lançaram na via da mediunidade acabaram por perder a cabeça.
É por isso que as pessoas sensatas ou os cientistas não querem ouvir falar em faculdades e poderes psíquicos, pensam imediatamente em todos esses charlatães e esses desequilibrados. Eles têm razão em não aceitar quem calha, mas não têm razão em se deter somente nestas manifestações e recusar ir mais longe para estudar e compreender o domínio da da vida psíquica, pois desse modo fixam limites às suas reflexões e investigações e com o pretexto de se mostrarem racionais, objectivos, ficam-se pelo exterior das coisas.»
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(Florinda Rosa Isabel)
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