sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

O ENIGMA (QUE NÃO DEVIA SER...) DE TODA A VIDA NA TERRA

O ENIGMA (que não devia ser...) de Toda a VIDA na Terra)
Pelo Amado Mestre Omraam Mikhael Aivanhov

Para completar o que já vos disse sobre a ressurreição, gostaria de falar-vos sobre o corpo da glória, graças ao qual o homem pode ressuscitar. Porém, para que tudo fique mais claro, devo começar por dar-vos algumas explicações sobre o corpo etérico.
Quando vos mostrei as correspondências que existem entre os diferentes reinos da natureza e os corpos subtis do homem (corpo físico: reino mineral; corpo astral: reino animal; corpo mental: reino  humano), expliquei-vos que a água, assim como as árvores e toda a vegetação, têm correspondência com o corpo etérico.  Do mesmo modo que as plantas estão fixadas no solo mas, ao mesmo tempo, comunicam com o céu, o duplo etérico está  fixado ao corpo físico mas, ao mesmo tempo, está em comunicação com os corpos superiores. Sem a vegetação, a vida não seria possível. A vegetação e a água são a condição para a existência da vida na terra e elas correspondem ao duplo etérico, que tem duas funções a desempenhar: assegurar a vida do organismo e dar-lhe a sensibilidade. Tal como a água leva a vida às plantas o corpo etérico leva a vida ao corpo físico.  Privai a terra de água e a vida nela desaparecerá; retirai o duplo etérico a um homem e ele morrerá. A vida está ligada ao corpo etérico e, se o homem souber como trabalhar sobre este corpo, pode prolongar a sua existência.
A vegetação faz um grande trabalho sobre a terra. Esta precisa de ser remexida transformada e são as plantas que estão encarregues dessa tarefa. Quem aceitaria ocupar-se da terra? Os animais certamente que não. Eles são egoístas e contentam-se em comer uma matéria já elaborada. Os trabalhadores da primeira linha, os mais tenazes, os mais devotados, são as plantas.
 Elas assumiram esta forma, esta atitude cheia de humildade, e puseram-se a trabalhar por toda a parte para transformar a terra. Onde não há homens nem animais, mesmo assim existem plantas; por toda a parte, na terra, vós vereis plantas.
O desejo das plantas..._ evidentemente, não se trata de um desejo consciente, mas antes de uma tendência secreta que a Inteligência Cósmica lhes atribui _ o desejo das plantas, dizia eu,  é o de não deixarem um só átomo de terra por vivificar. E como é que elas conseguem isso? Ligando-se ao  céu. A  árvore comunica com o céu pela extremidade dos seus ramos e pelas suas folhas e, ao mesmo tempo, tem as raízes profundamente mergulhadas na terra. As extremidades dos ramos e das raízes são as partes mais importantes da árvore. É por esses dois polos que ela capta a energia. Se pudésseis sentir com que tenacidade e perseverança ela o faz! Todos os seus ramos são antenas que se esforçam dia e noite por captar as energias da atmosfera, e é a seiva que leva essas energias até às raízes, onde se faz o grande trabalho de transformação da  terra.  A terra é inerte, passiva, mas esta cheia de substâncias, de elementos, e de forças que não pode manifestar senão por intermédio das plantas. Podemos, pois, comparar as plantas a alquimistas: elas estão espalhadas por toda a superfície da terra a fim de extraírem os materiais  que ela contém, para depois os oferecerem sob a forma de flores e frutos.
Tal como a vegetação, o duplo etérico penetra no corpo físico mas, ao mesmo tempo, tem ramificações nas regiões superiores para aí captar forças que introduz no organismo. Também ele vivifica a matéria, fazendo aparecer as qualidades escondidas nela. É um intermediário entre o corpo físico e os corpos subtis. A natureza do corpo etérico não é ainda bem conhecida e a medicina oficial não sabe que muitas das anomalias físicas se explicam pela existência de perturbações do corpo etérico. Mesmo os espiritualistas consideram-no menos importante do que os corpos astral e mental... É verdade que ele não tem o mesmo poder que os outros corpos, mas é essencial para vida. Ora, o que podemos nós fazer sem vida? Ela é a base de tudo.
Existem numerosos meios para reforçar o corpo etérico. Como ele é um corpo e, ao mesmo tempo, um fluído, uma energia, está ligado a todas as forças da natureza e, portanto, é muito sensível  ao calor, à luz, à electricidade, ao magnetismo. Se vos expuserdes conscientemente, inteligentemente, aos raios solares, escolhendo o momento do dia adequado, se fizerdes exercícios de respiração, o vosso duplo etérico fortalecer-se-á, vivicar-se-á, exaltar-se-á e manterá o corpo físico de boa saúde.
Deveis aprender a trabalhar sobre  vosso corpo etérico. Eu dei numerosos métodos: com a água, com a terra, com a chama  de uma vela, etc... E se, por exemplo, sentirdes uma dor, concentrai o vosso pensamento no corpo etérico, projectai sobre ele todas as cores da luz e ele saberá como remediar o mal: agirá sobre as células, ligará o céu à terra, estabelecerá uma comunicação, à maneira das plantas, e a região doente ficará de novo vivificada.
É graças ao corpo etérico que o corpo físico possui a vida e a sensibilidade. Eles estão ligados por aquilo a que se chama  "cordão de prata". Este cordão tem quatro ramificações: a primeira tem um ponto de ligação no cérebro, a segunda, no coração, a terceira, no plexo solar, e a quarta, no fígado. São quatro pontos ou germes: o germe do corpo físico, o germe do corpo etérico, o germe do corpo astral ou corpo dos desejos, e o germe do corpo mental.
Quando o homem vem incarnar-se na  terra, traz estes quatro germes, que são átomos minúsculos  nos quais estão inscritos e registados todos os caracteres físicos e psíquicos que ele deve possuir.  São os espíritos luminosos do alto, os Vinte e Quatro Anciões, juntamente com os  Anjos seus servidores, que estudam todos os actos e comportamentos do homem durante as suas vidas anteriores e lhes dão esses germes em correspondência exacta com o que ele merece, e é nesses germes  que tudo está registado.
Todos os corpos invisíveis do homem_os corpos etérico, astral e mental_ se formam exactamente como se forma o corpo físico da criança na matriz da mãe, segundo as mesmas leis. Logo que o pai deposita o germe, tem início no seio da mãe todo um trabalho inconsciente. Sem ela saber, as forças da  natureza trabalham nela para fornecer os materiais, cuja quantidade e qualidade correspondem exactamente ao germe. Este germe é também comparável às linhas de força segundo as quais, no mundo mineral, as partículas se organizam para formar um cristal.
_____
De uma Conferência Improvisada, pelo Mestre Omraam Mikhael Aivanhov (1900-1986) filósofo e pedagogo francês de origem búlgara.
Do Livro: «O Natal e a Páscoa na Tradição Iniciática»
Éditions Prosveta/Publicações Maitreya_Portugal
____

(Florinda Rosa Isabel)
















Sem comentários:

Enviar um comentário