ATÉ A TRANQUILIDADE DO NOSSO LAR NOS QUEREM TIRAR!
No Jornal Destak do dia 03 do corrente mês de Março vinha uma enorme fotografia de uma senhora deitada num cama a
ler um livro. Toda a parede visível do quarto me levou a ficar confusa, pois até parecia que a cama da senhora estava em
plena via pública. O Título do assunto era: «Da parede da rua para a sua casa» Via-se uma parte de um rio atravessado
por um pedaço de ponte, depois, o Fernando Pessoa com um ar apatetado a mirar a senhora por detrás da cabeceira da
cama e um enorme bloco de notas atravessado de uma ponta à outra. A boca do Fernando estava tapada por um
candeeiro de mesa de cabeceira
provavelmente para ele não poder queixar-se. Uma parede escrita, destacando-se a data de 2017. Uma escadaria
circulava pelo lado esquerdo do pescoço do Pessoa. Ora, todos nós sabemos que música e
paisagem contribuem para o nosso estado de espírito. Será que não nos chega o
barulho infernal da gritaria que a massa humana faz nas ruas, do buzinar dos
automóveis_ por vezes desnecessário_, da construção civil, das oficinas, da
música barulhenta saída dos estabelecimentos, lares ou rádios, etc., etc. ? Ainda
,
termos de olhar para aqueles mamarrachos de um qualquer "criativo" pintor de
paredes, monumentos, estações de comboios (incluindo os próprios) e túneis
urbanos, que ficou sem ter onde pintar mais nada, porque Portugal está todo
mascarrado pelos "grafiteiros" e,agora, quer lançar-se nos nossos lares... Creio que não nos ajudará muito na
tranquilidade que todos ambicionamos alcançar quando, à noite, metemos a chave na porta de casa.
Vai pintar a porta do Inferno!
Florinda Isabel
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