O Segundo Nascimento - 22 Dezembro 2015
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| A todos, a nossa saudação. |
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Caros Amigos,
Como habitualmente às 3ªs. feiras, voltamos com a partilha do texto selecionado aleatoriamente, e o livro selecionado foi «O SEGUNDO NASCIMENTO», de Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov , inserido na Colecção "Prosveta".
Parte do 3º. Capítulo: VERDADE OCULTA NOS OLHOS (páginas 63 a 67)
Nós podemos magnetizar-nos todos os dias, fazendo os exercícios de ginástica que eu já vos mostrei. Talvez alguns de vós sintam um certo receio e digam: «Esse método é bom para os Orientais, mas não para os Ocidentais.» Responder-vos-ei que estes métodos foram testados e experimentados. Certas práticas orientais podem ser funestas para os Ocidentais, mas os exercícios que vos mostrei são simples e assimiláveis por todos sem perigo, tal como o pão, a água, o ar…9 As paixões destroem sempre aquilo que é harmonioso em nós. Já vos falei dessa fronteira que há nos nossos corpos, o diafragma, que faz a separação entre os órgãos da digestão, por um lado, e os pulmões e o coração, por outro. Num plano mais subtil, o plexo solar representa também uma fronteira idêntica. Devemos preparar o plexo solar para desempenhar esse papel, senão todos os elementos nocivos nascidos das nossas paixões invadirão o nosso cérebro. Quando o plexo solar é poderoso, pode proteger o homem de toda a espécie de inconvenientes, em ligação com o sangue, que transporta os elementos capazes de regenerar o organismo. Nós ainda não conhecemos todas as possibilidades do plexo solar, porque os nossos pensamentos e os nossos atos, ao perturbarem a polarização das nossas células, estão sempre a limitar a sua ação. Por conseguinte, para termos um plexo solar ativo e poderoso, não devemos despertar em nós os elementos inferiores, porque eles tirar-lhe-ão o seu poder de proteção.10 O nosso coração deve estar cheio de amor pelos humanos, que são todos nossos irmãos; devemos pensar neles e ajudá-los sem esperar a mínima recompensa. Porquê? Porque já temos a recompensa: é essa dilatação interior, esse calor, essa inspiração, que nos preenchem quando amamos. Essa é uma grande recompensa; não há nenhuma maior na vida. Os nossos pensamentos são, pois, como um rio, uma nascente de água viva. Os homens procuram sempre recompensas, mas aquele que compreende perfeitamente o segredo do amor não procura qualquer recompensa; ele dá gratuitamente, porque vive continuamente numa felicidade que ultrapassa toda a imaginação. Ele nada em alegria, irradia e, assim, ganha a confiança de uma quantidade de amigos. Onde encontrareis maior recompensa do que essa? Ao passo que aqueles que se envolvem em querelas e discussões intermináveis por coisinhas de nada não podem calcular as perdas e os prejuízos que daí resultam: perdem a paz, a alegria, os amigos, a saúde. Eu sei que só muito poucos me compreenderão, porque para me compreender é preciso já ser evoluído e estar preparado. Toda a gente vive no meio de combinações e de cálculos e ninguém faz nada gratuitamente, pensando que isso é uma perda de tempo, de forças e de energias. Mas os filhos de Deus sabem onde está a verdade; aceitam que os ridicularizem, que os critiquem por os considerarem ingénuos ou até por fazerem asneiras, mas preferem viver essa vida real de alegria e de felicidade a ter todas as riquezas da terra, que não trazem qualquer satisfação interior profunda nem qualquer deslumbramento. Ao fazerem esta escolha, ao preferirem o amor que traz a plenitude da vida, eles não estão enganados, ao passo que todas as outras pessoas se enganam. Podeis acreditar em mim, estas coisas foram verificadas milhares de vezes pelos Iniciados. É por isso que nós, os discípulos de um grande Mestre, devemos trabalhar com amor. Nós recebemos gratuitamente e devemos dar gratuitamente. A nossa recompensa é a alegria e a felicidade de ver à nossa volta rostos e olhos sorridentes e brilhantes, corações dilatados, vontades prontas a realizar ações esplêndidas, inteligências abertas para compreender e estudar. Dizei-me: onde pode haver maior recompensa? O símbolo (lamentamos não poder reproduzir o símbolo) diz-nos que nós devemos subir todos os dias aos cumes das montanhas espirituais. Quando estamos muito alto, a pressão exterior (ou seja, as condições materiais) diminui, ao passo que a do espírito aumenta. O espírito e a matéria têm ambos uma existência real, mas não é porque a matéria existe que devemos deixar-nos esmagar por ela. O espírito também existe, mas, para que ele exista verdadeiramente, temos de ligar-nos a ele. A atmosfera é composta por camadas de naturezas diferentes; nas camadas mais baixas, encontram-se as poeiras, os micróbios, as putrefações, mas, quanto mais nos elevamos, mais penetramos nas regiões onde o ar é puro. As pessoas que subiram ao cume de uma montanha relatam que, lá em cima, começaram a pensar de maneira totalmente diferente, sentiram-se menos interesseiras, mais generosas. Algumas até esquecem a sua nacionalidade, a sua raça; sentem-se acima de todas as mesquinhices que dividem os homens. Um dia virá em que as pessoas se elevarão no ar, conscientemente, com o intuito de desenvolver qualidades de pureza, de abnegação, de grandeza de alma. Deveis ficar a saber que também nós, tal como a atmosfera, somos feitos de várias camadas, e que em cada camada vivem seres diferentes. Nós cremos que somos sempre os mesmos… Que grande erro! Ora é um ser que se manifesta através de nós, ora é outro… E há uma enorme quantidade deles! Alguns não podem seguir-nos quando subimos e ultrapassamos certos limites, porque não conseguem respirar e viver acima de certos níveis, tal como os micróbios não podem sobreviver acima de certas temperaturas. Quanto mais subimos, mais libertos ficamos, porque a cada passo rumo às alturas há seres inferiores que têm de abandonar-nos e voltar ao seu nível habitual. Mas há certas entidades que ficam agarradas a nós até ao cume: são as entidades do orgulho. Todos os Iniciados sabem isso: o orgulho é semelhante ao líquen, que pode subsistir até nas rochas dos mais altos cumes. Nós devemos subir pelo pensamento. Quando rezamos e meditamos, nós elevamo-nos. Também podemos subir graças aos esforços que fazemos para nos aperfeiçoarmos. Agora, eu estou a dizer-vos: «Subi!», enquanto há pouco dizia para vos aproximardes do centro do círculo. Na realidade, as imagens do cume e do centro têm exatamente o mesmo significado. Na natureza, não há alto, nem baixo, nem direita, nem esquerda. Estas expressões significam simplesmente vibrações rápidas e vibrações lentas, vibrações intensas e vibrações fracas. O alto, o dentro, correspondem às vibrações rápidas; o baixo, o fora, correspondem às vibrações lentas. Os pensamentos, os sentimentos e os atos também podem ser situados nesta escala das vibrações. As paixões, a avareza, o ciúme, a cobiça, a cólera, o medo, a inveja, têm vibrações lentas, fracas… Vós direis que o medo não é lento, é rápido. Exteriormente, sim, mas, interiormente, o medo paralisa o pensamento e torna as pessoas inaptas para a ação. Muitas vezes, durante um incêndio, as pessoas precipitam-se para o fogo em vez de fugirem! O seu cérebro deixa de funcionar. Pelo contrário, os pensamentos e os sentimentos harmoniosos tornam a ação fácil, rápida, eficaz. O Mestre Peter Deunov escreveu um livro sobre as cores. Ele explica que são os anjos que se ocupam das cores e que tudo o que se passa na natureza se realiza com a ajuda das cores, que agem sobre as plantas, os animais e os homens. Eu li muitas coisas nesse livro, onde ele também diz que alguns versículos da Bíblia, quando são pronunciados, criam certas cores à nossa volta, e que, graças a essas cores, podemos curar doentes, lendo esses versículos junto deles. Os “hodjas” turcos curam também os doentes, lendo-lhes versículos do Corão. O Mestre dizia: «Vós quereis arrancar todos os segredos à natureza, mas ela é viva, sabe quantas vezes fostes ingratos, e esconde-se de vós. A natureza diverte os homens vulgares, instrui os discípulos, mas é só aos sábios que ela revela os seus segredos. Cada coisa na natureza tem uma forma, um conteúdo e um sentido. A forma é para os homens vulgares, o conteúdo é para os discípulos e o sentido profundo é para os Mestres.» Todos querem penetrar nos grandes mistérios na natureza, mas isso não é assim tão fácil. É necessária toda uma preparação para os compreender, e essa preparação só se pode fazer pelo exercício das cinco virtudes de que falávamos há pouco. A bondade permite-nos deslocarmo-nos e, caminhando na via da Iniciação, observar e encontrar todas as coisas belas que Deus criou. A justiça dá-nos a possibilidade de agir e de criar obras esplêndidas com as nossas mãos. O amor inspira-nos palavras que ressuscitam, dá-nos a alegria de apreciar o que há de mais saboroso na natureza e, assim, sentimo-nos sempre alimentados e saciados com água viva. A sabedoria abre os nossos ouvidos espirituais, graças aos quais poderemos, um dia, ouvir a harmonia das esferas e compreender a palavra divina. A verdade dá-nos todas as possibilidades de nos dirigirmos, de nos orientarmos, de encontrar aquilo que procuramos, de contemplar a beleza da natureza e o rosto do Ancião dos Anciãos, o Misterioso dos Misteriosos: Aïn Soph, como é designado pela Cabala. É espantoso como a maioria dos homens pretende penetrar nos mistérios da mais alta Iniciação sem nada pôr em prática, sem fazer qualquer sacrifício, sem fazer qualquer esforço para se dominar, e dando plena satisfação às suas fraquezas. Por isso, os segredos da natureza estão-lhes vedados, fechados a sete chaves. Lembrai-vos das palavras do Mestre: «A natureza diverte os homens vulgares, ensina os discípulos, mas é só aos sábios que ela revela os seus segredos.» Eu também tinha a intenção de vos dar hoje algumas explicações do ponto de vista frenológico, mas agora já me resta pouco tempo para o fazer. Reparai neste esquema da cabeça: (lamentamos não poder inserir o esquema) O perfil 1 está dividido em 2 partes: a primeira corresponde ao amor pelas coisas concretas, pela ciência, e a segunda, o alto da testa, corresponde ao amor pelas coisas abstratas, pela filosofia. O perfil 2 corresponde ao amor pelos outros, à benevolência, ao altruísmo, às tendências humanitárias. O perfil 3 corresponde ao amor a Deus, à devoção, à veneração pelos seres superiores. O perfil 4 indica o apego às convicções pessoais, que impele os seres a manterem as suas opiniões até à obstinação. Se essa parte da cabeça está demasiado desenvolvida em relação às outras, isso indica que a pessoa preferirá deixar-se queimar a renunciar às suas ideias. O perfil 5 corresponde ao amor-próprio, à estima pela sua própria pessoa. O perfil 6 corresponde ao amor pela casa, pela pátria. O perfil 7 corresponde ao amor pelas crianças, pela família. O perfil 8 corresponde aos instintos. Está escrito que o Paraíso era um Jardim cheio de árvores e povoado com animais de toda a espécie. Nesse jardim, Eva foi o primeiro botânico da humanidade, pois era ela que se ocupava das plantas, das flores, e Adão o primeiro zoólogo, pois foi ele quem deu o nome aos animais.
Lembramos que encerraremos o escritório e armazém entre 23 de Dezembro e 5 de Janeiro. Renovamos os nossos votos de BOAS FESTAS.
Até breve!
22 de Dezembro, 2015
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