segunda-feira, 1 de agosto de 2016

«COMO NAS VIAGENS DE GULLIVER»...

Vós lestes As Viagens de Gulliver, de Swift? Depois do naufrágio no mar,  Gulliver desperta, uma manhã numa praia desconhecida. E, quando quer levantar-se, verifica que está preso: durante o sono, os minúsculos habitantes  desse país, os Liliputianos, amarraram-no ao solo com  centenas de pequenos fios.
Transportai esta aventura para o plano espiritual: como vós ainda não havíeis tentado questionar-vos, levantar-vos, não sabíeis que estáveis atados. Mas, assim que tentastes desamarrar-vos para vos por ao caminho, sentistes-vos fracos, paralisados. O cão, o cavalo ou a cabra só sentem a corda que os ata  à estaca quando tentam passear-se livremente. Para o homem esses atilhos são todas as tendências obscuras que o prendem aos níveis inferiores da consciência.
Aquele que permanece sentado numa cadeira pode imaginar-se capaz de todas as façanhas. Só quando tenta levantar-se é que ele mede o verdadeiro estado das suas forças; aí é obrigado a perder algumas ilusões. E então, decepcionado, crê-se mais  fraco do que na verdade é. Mas não, pelo contrário, esta tomada de consciência é o início da sua força. As dificuldades que ele experimenta ao afastar-se do seu modo de existência passada são a prova de que tenta questionar-se, fazer esforços. Ele sofre porque começa, finalmente, a sentir, a viver, e a dirigir-se para um mundo novo.

De uma Conferência improvisada do Mestre Omraam Mikhael Aivanhov.

Livro:«Nas Fontes Inesgotáveis da Alegria»

Colecção Izvor
_________

(Florinda Rosa Isabel)

Sem comentários:

Enviar um comentário