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A todos, a nossa saudação. |
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Caros Amigos,
Como prometido, vamos hoje dar início ao reenvio dos Ensinamentos
deixados pelo Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov, dado o elevado número de
pedidos que a nós chegou. Solicitamos, por isso, o favor de guardarem
estes Capítulos, pois não poderemos voltar a reenviá-los.
FASCÍCULO Nº. 1 - RESPOSTAS A ALGUMAS QUESTÕES ACTUAIS
1º. CAPÍTULO: A ORIGEM DAS DESIGUALDADES - A LEI DA REINCARNAÇÃO
Pela vida fora, encontramos seres saudáveis, belos, inteligentes, ricos,
que beneficiam das melhores condições e são bem-sucedidos em tudo o que
empreendem, e outros, pelo contrário, tão deserdados que, por mais que
façam, só têm insucessos. Qual é a origem desta desigualdade de
condições? Frequentemente, muitas pessoas ficam chocadas com o que
parece ser uma verdadeira injustiça do destino. Se interrogardes os
cientistas acerca da razão destas desigualdades, a maioria dir-vos-á que
elas se devem ao acaso. E se interrogardes os sacerdotes, os pastores,
estes responder-vos-ão que é a vontade de Deus. Por vezes, falar-vos-ão
da predestinação e da graça, mas com isso só conseguem acrescentar mais
uma injustiça. De qualquer modo, dizer «é a vontade de Deus» não difere
muito de dizer «é obra do acaso».
Mas analisemos esta resposta dos religiosos. O Senhor dá tudo a uns e
nada a outros; não se sabe porquê, mas é assim. E isto não é tudo,
porque depois Ele fica furioso, ultrajado, quando aqueles a quem não deu
boas qualidades nem boas condições são maus, estúpidos, e cometem
crimes. E castiga-os. Como Ele é omnipotente, tinha o poder de fazer
deles seres magníficos; mas não fez. Então, não só é por Sua culpa que
eles cometem crimes, como ainda por cima Ele os castiga por causa desses
crimes! Eis a razão por que muitas pessoas se sentem revoltadas.
Não, na realidade, há uma explicação para todas as aparentes injustiças
da vida: é a lei da reincarnação. E a Igreja não compreendeu que, ao
negar esta lei, apresentou o Senhor como um verdadeiro monstro.
A explicação é que, na origem, Deus deu-nos tudo, mas também nos deu a
liberdade, e foi dessa liberdade que nós nos servimos para fazer
experiências que nos saíram caras. Então, o Senhor, que é generoso e
paciente, deixa-nos fazê-las, dizendo: «São meus filhos. Coitados,
sofrerão e darão cabeçadas, mas não faz mal, porque eu continuarei a
dar-lhes as minhas riquezas e o meu amor… Têm muitas incarnações à sua
frente… Aprenderão e ganharão juízo.» Portanto, Ele deixou-nos livres, e
agora tudo o que nos acontece de mau é da nossa responsabilidade, é
porque o merecemos. E também merecemos tudo o que nos acontece de bom: é
o resultado dos nossos esforços nas incarnações anteriores.
Por que é que a Igreja lançou toda a responsabilidade do nosso destino
para cima do Senhor? Vós direis: «Não, ela não fez isso, apenas suprimiu
a crença na reincarnação.» Na realidade, se refletirmos um pouco vai
dar ao mesmo, o que é muito grave. A crença na reincarnação é também um
dos fundamentos da moral. Enquanto não se esclarecer os humanos acerca
desta lei da causa e efeito – segundo a qual o passado age sobre o
futuro e uma existência sobre as seguintes – pode-se tentar “educá-los”
fazendo-lhes todos os sermões possíveis, que isso de nada servirá,
porque eles não se modificarão. E não só não se modificarão, como se
revoltarão, por se sentirem vítimas da injustiça social; eles invejam e
combatem todos os que consideram mais privilegiados do que eles, e assim
só complicam ainda mais a situação. Mas aquele que sabe que as
dificuldades e as provações que encontra nesta existência são
consequência das suas transgressões no passado, não só aceita essas
dificuldades como decide trabalhar para o bem, a fim de melhorar as suas
futuras incarnações.
Até breve!
09 Fevereiro, 2015
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