«Eu rejeito tudo o que contradiz a ciência que estudei, a Ciência Iniciática. A Ciência Iniciática considera o homem por inteiro, e não apenas uma parte do seu ser: o fígado, o baço ou o coração... Já Hipócrates dizia que, quando há uma desordem numa parte do corpo, isso significa que todo o organismo está perturbado. Há, pois, que restabelecer a harmonia geral, e a parte doente será curada pelo próprio organismo. De qualquer modo, os comprimidos as injecções, os antibióticos, todos o remédios, não terão efeito se o ser humano continuar a manter em si a desordem, por causa dos seus pensamentos e dos seus sentimentos.
Também não estou de acordo com os métodos de estudo que separam os seres e as coisas da totalidade, da unidade que é o universo, porque, desse modo, matam-nos. Não é assim que se chega a noções exactas. Analisar, dissecar, é um método muito mau. Muitas vezes tenho dito que, para estudarem as coisas, as pessoas não devem separá-las da árvore da vida. Se as separam, destroem a sua beleza, a sua luz, o seu brilho, a sua vitalidade, reduzem-nas ao estado de cadáveres. E o que a ciência estuda são cadáveres. Ela ainda não sabe estudar a vida. Eu próprio, por vezes, também faço análises, mas isso fica para vos conduzi à síntese; não me fico pelas análises, porque a análise, por si só, apenas desagrega.
Se desmontardes um relógio, podereis conhecer todas as peças que o constituem... simplesmente, ele deixa de trabalhar. Os biólogos sabem bastante bem quais são os elementos que constituem o homem; mas, a partir desses elementos, são incapazes de criar um ser humano, um ser que pense, que viva, que caminhe, que aja. Os elementos estão presentes, mas falta o essencial: a vida, que conhece as doses, as combinações e todas as condições necessárias ao bom funcionamento do organismo. É preciso fazer intervir a vida, porque só ela sabe como restabelecer o equilíbrio no estômago, no cérebro, nos pulmões, por toda a parte. E como os biólogos não se ocupam da vida, mas sim da matéria, não são bem-sucedidos. Enquanto eles não se libertarem da sua filosofia materialista e mecanicista que separa as coisas da unidade cósmica, não conseguirão salvar a humanidade da doença. Eles têm, sem dúvida, um ideal nobre, fazem grandes sacrifícios, têm uma inteligência e capacidades extraordinárias, mas a sua filosofia está errada, por isso há muitas coisas que ainda lhe escapam»
De uma Conferência improvisada, pelo amado Mestre Omraam Mikhael Aivanhov (1900/1986),
filósofo e pedagogo, de origem búlgara.
Livro :«Harmonia e Saúde» Colecção Izvor.
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(Florinda Rosa Isabel)
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