sexta-feira, 16 de setembro de 2016

«NUMA FAMÍLIA, O CENTRO É O PAI; NUM PAÍS, É O REI; NUM EXÉRCITO, É O GENERAL...»



Numa família, o centro é o pai; num país, é o rei; num exército, é o general; no sistema solar, é o sol; no ovo, é a gema; no olho é  a pupila; no ser humano, e o espírito... Deve sempre haver um centro, uma cabeça, nunca duas ou três. Onde existem várias cabeças surge a anarquia.
 No Apocalipse, a Besta é representada com sete cabeças, e na mitologia grega também a Hidra de Lerna tinha sete cabeças. Estas cabeças múltiplas são o símbolo da anarquia. Até agora, a humanidade sempre viveu na anarquia, precisamente  porque é governada por várias cabeças. A situação só poderá melhorar quando os homens aceitarem submeter-se a uma única cabeça, tal como dizem os Evangelhos: «Haverá um só rebanho e um só pastor». Sim, quando houver um único círculo à volta dum só centro, outras forças, benéficas, se manifestarão. 
Para que reinem a ordem e a harmonia, tem de haver uma cabeça, um centro, um vértice, à volta do qual tudo possa girar, pois é este ponto que concentra todas as forças da unidade. O grande Centro do Universo, que é Deus, reflecte-se em todos os planos, em todas as regiões, e todos aqueles que O representam estão  ligados entre si como por um fio central.
Num colar de pérolas, todas as pérolas, sejam elas  pequenas ou grandes, estão ligadas entre si por um fio central. É assim que o grande  Centro do Universo, Deus que é a Fonte Primordial, que é a Causa Primeira, que é o Espírito e a Alma de tudo o que vive, se reflecte nas mínimas coisas para as ligar, para que exista entre elas uma unidade ininterrupta, para que por todo o lado se instalem a ordem e a harmonia. Todos os outros centros devem, pois, estar ligados a ele. Todos os centros que não estão ligados a este grande Centro deixam de receber esta corrente de vida, por isso vão enfraquecendo e acabam por desaparecer.
Se todos aqueles que na vida colectiva representam  um centro  (o pai de família, o professor, o presidente da câmara, o presidente da república, o rei, o chefe duma comunidade espiritual, etc...) não tiverem consciência dessa ligação, só aparentemente serão representantes de Deus na terra.
Cada cabeça, cada centro do mundo, deve estar consciente do que representa, e, se realizar a sua função  de representante de Deus na região e no espaço que superintende, estará verdadeiramente ligado à primeira Cabeça  e receberá raios luminosos, receberá forças e virtudes que em seguida poderá distribuir pelos outros. Mas tudo está na consciência, tudo está na compreensão. Aqueles que executam as suas funções de maneira mecânica, automática (como existem muitos), não recebem nada, mesmo que estejam em lugares elevados.
Consideremos o exemplo dum presidente  da câmara. É a ele que se enviam as informações, as ordens, as honras, dado que ele é o centro. Mas se ele for descuidado, se andar a divertir-se por onde calha, acumular-se-á muita coisa durante a sua ausência, e como, ao regressar, ele não saberá o que há-de fazer, lá começam as complicações.
E quando vós, que sois o centro desse círculo que é o vosso corpo e todo o vosso ser, estais conscientes, esclarecidos e ligados ao grande Centro do Alto, dá-se o mesmo fenómeno em todos os outros pequenos círculos que são as vossas células. Nessa altura, agis sobres núcleos de todas as vossas células, porque esses núcleos estão ligados a vós: eles recebem ordens, recebem a influência da vossa luz e começam a restabelecer a harmonia das células. Eis como o organismo se purifica, se cura, se reforça  e se ilumina graças a esse centro, graças a esse ponto: o espírito do homem que é consciente.»

De uma conferência improvisada, pelo amado Mestre Omraam Mikhael Aivanhov (1900-1986), filósofo e pedagogo, de origem búlgara.
Livro: «A Linguagem das Figuras Geométricas» Colecção Izvor.

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(Florinda Rosa Isabel)
















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