quarta-feira, 28 de setembro de 2016

EXORTAÇÃO DO AMADO CONFÚCIO

  EU SOU Confúcio e vim através desta Mensageira.
  Vim dar-vos uma exortação sobre a ciência da Sabedoria Divina. Muitas centenas de anos e passaram desde o tempo da minha última encarnação na Terra. Estou feliz por ter esta oportunidade de, novamente, poder voltar a dar o meu Ensinamento a uma audiência interessada.
    É sempre valioso ouvir os Ensinamentos da Fonte Primária em vez de confiar na sua interpretação por pessoas que pensam ter alcançado um grande nível de conhecimento da Verdade. Frequentemente, essas pessoas encontram-se apenas no base do pico da Sabedoria Divina e centram-se demasiado na sua vaidade que as desvia constantemente da direcção certa.
    Acredito que isso não vai acontecer com os que lêem estas linhas. Vocês serão capazes de se desviarem, por algum tempo, da ilusão que vos rodeia e de se concentrarem sobre as verdades intemporais que não estão conectadas com o vosso tempo, o vosso país e o vosso ambiente.
     Tentem concentrar-se nas batidas do vosso coração. Ouçam a vossa respiração. Inspirem. Expirem.
     O funcionamento do coração e a respiração não estão, de forma alguma, relacionadas com o país onde vivem. Eles não estão relacionados com os papéis que desempenham na vida. O mesmo pode sr ditos sobre a Verdade Divina. Ela existe por si própria e não depende da vossa consciência nem dos vossos pensamentos.
    Então, qual é o sentido da vida, se este mundo pode perfeitamente passar sem vocês? Já alguma vez se colocaram essa pergunta a si mesmos? Alguma vez vocês se perguntaram sobre o propósito da vossa existência?
    Acho que essa pergunta já vos terá ocorrido pelo menos uma vez.
    Para muitas pessoas, esta questão surge de forma tão persistente e tão frequente que, para elas, literalmente, a busca do sentido da vida transformou-se no verdadeiro sentido da vida. Vocês estão certos, meus amados, é uma tarefa digna_ a de se tentar compreende por que vivem e por que existe tudo que vos rodeia.
    No momento da minha encarnação, eu estava obcecado por essa questão. Havia dias em que não sossegava, tentando, continuamente, responder a essa pergunta.
    Era um crente e ade sistema de visão de mundo  que foi aceite na sociedade que me rodeava. Foi então que percebi que esse sistema havia sido criado por pessoas que eram semelhantes  a mim. Conforma fui crescendo comecei a entender que eu não era perfeito e que alguns dos meus pensamentos eram imperfeitos, mesmo antes de os apresentar. Por que seria eu imperfeito? E por que razão não era capaz de superar esta minha imperfeição, apesar de todos os meus esforços?
     Estas perguntas ser-vos-ão familiares? Já se colocaram perguntas similares?
     Com o decorrer do tempo, a resposta a esta questão tornou-se a base do sistema de ensino que eu estava a dar a quem queria ser meu discípulo.
     Tornou-se claro que, dentro de mim, havia uma parte maior e mais perfeita de mim mesmo. Podia falar com ela. No entanto, percebi também que havia uma outra parte de mim que impedia que o meu Eu Superior se manifestasse. Era eu e não algo fora de mim.
    Eu acreditava que eu e todos os seres vivos fomos criados à imagem da Divindade que criou este mundo e cuja posição no universo era muito superior à nossa. Estamos interligados com Ele formamos uma unidade indissolúvel com Ele. Entendi que, assim como eu tenho o meu eu inferior e o meu Eu Superior, o Criador do Universo também tem os seus próprios Eu Superior e Inferior. E o Eu Inferior nada mais é do que o meu Eu em encarnação. O Eu Inferior de Deus corresponde à encarnação do universo e a todos os seres que o habitam. Todos nós representamos o Criador encarnado.
     E Ele vive em nós. Ele cria e conhece através de nós. Ele aprende e auto-actualiza-se através de nós e através de cada uma das criaturas vivas.
    Todos nós formamos as suas células, os vasos  sanguíneos, o Seu corpo. Estamos interligados com Ele e com cada um. Tudo, todos os fenómenos ilusórios dos mundos materiais que nos convencem de que estamos separados Dele e uns dos outros devem ser superados.
    Portanto, ensinei e continuo a ensinar  apenas uma coisa. Convido cada um a trabalhar  sobre aquelas partes que impedem a sua união com o Criador. Trabalhem sobre aquelas partes que vos separam  do estado da unidade integral com Deus Criador e com Atma, o vosso Eu Superior, partícula desse Ser criador maior. O nome com que o designam é perfeitamente irrelevante.
    Não podem fazer o trabalho de mais ninguém nem podem pedir a ninguém que realize o vosso, ou melhor, podem, mas só à força.
   No entanto, se olharmos para a história, veremos que toda ela é composta de eventos em que algumas pessoas quiseram forçar outras a obedecer as suas ordens. Por esta razão, este mundo tem vivido desde sempre mergulhado em guerras e injustiças. E a sua base tem sido sempre a mesma: o desejo de um indivíduo ou grupo de querer forçar os outros a fazerem as coisas à sua maneira.
   Assim, voltamos a falar das nossas próprias imperfeições.
   Quando era jovem, acreditava realmente que poderia inspirar o mundo a mudar apenas com a ajuda do meu exemplo pessoal e por meio de minha convicção. Despendi um grande esforço e energia tentando influenciar o modo como as pessoas deviam agir e comportar-se.  Fiquei esgotado de tentar persuadir as pessoas a agirem da forma que eu acreditava ser a mais razoável.
    Então, comecei a agir em conjunto com as pessoas que aceitavam o meu sistema de persuasão. No entanto, continuava esgotado. Acreditem quando vos digo que perdi muito da minha força ao tentar persuadir as pessoas a ouvirem-me, a perceberem que o seu modo de vida não estava certo e que deviam mudar.
  Anos se passaram, décadas se passaram, mas a situação no mundo permaneceu a mesma, independentemente  dos meus esforços e tentativas. Qual seria o motivo disso?
    Eu era apenas um minúsculo grão de areia, uma pequena célula  no organismo do universo que estava a tentar convencer o universo inteiro a viver segundo as minhas leis.
   No final, muitas décadas depois percebi que a única pessoa na Terra que impedia o meu sucesso era eu mesmo. O motivo estava na minha vaidade excessiva e no meu excesso de confiança em pensar que conhecia toda a Verdade e que seria capaz de a ensinar aos outros. A minha personalidade externa tentou fazer que todo o universo obedecesse à minha lei em vez de ser eu a obedecer à lei que rege este universo.
    Então, percebi a verdade básica. E devo dizer que valeu a pena esperar uma vida inteira para a compreender.
    É inútil e completamente sem sentido tentarmos criar e aplicar as nossas próprias leis ao mundo em que vivemos. Desde o momento em que nascemos, devemos, isso sim, obedecer à Lei que rege o nosso universo e constitui a sua base. Esta Lei afirma que devemos abandonar o desejo de manifestarmos o nosso ego na vida e em vez disso, devemos fazer o nosso melhor para permitir que Deus e o plano Divino se manifestem através de nós,  através do nosso Eu Superior. Só então conseguiremos restabelecer a nossa unidade temporariamente perdida. Então seremos capazes de participar na realização do plano Divino para este universo. Esta é a tarefa e o trabalho que cada um deve cumprir. Não há ninguém no universo que o possa fazer por vocês. É por isso que esta se deve tornar a tarefa mais importante e o objectivo central da vossa existência.
     Estou a transmitir-vos o fruto do meu pensamento durante a minha vida terrena. Mas não vos posso obrigar a segui-lo. Ninguém pode. Devem fazê-lo vós mesmos. Ninguém de fora o poderá fazer por vós.
    E agora parto. Espero ter conseguido orientar o vosso pensamento na direcção certa.

    EU SOU Confúcio.

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Do Primeiro Livro «PALAVRAS de SABEDORIA_ Mensagens dos Mestres», a Tatyana Mickushina (páginas 139/143) Tradução de José Caldas. Editado por Publicações Maitreya_Portugal



(Florinda Isabel)

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