(6) O Amado Mestre Disse... (2ª Série)
É preciso pensar também que podem surgir acontecimentos que privarão a humanidade de todas estas comodidades a que ela se habituou, e eis um factor de desordens e de conflitos. Reparai no que se passa com o petróleo: extraía-se, extraía-se, esbanjava-se energia sem conta, porque se julgava que haveria sempre petróleo, facilmente à disposição, e agora vede quantos problemas políticos têm surgido por causa do petróleo. Ele tornou-se uma arma terrível nas mãos daqueles que o possuem, e é por causa do petróleo que agora a paz do mundo está sempre ameaçada. A economia é uma coisa magnífica, mas seria preferível para os humanos tentarem conhecer e aceitar as verdades susceptíveis de melhorarem, antes de mais, a sua vida psíquica porque a sua vida exterior, mais cedo ou mais tarde, acaba por sofrer as consequências das suas fraquezas interiores.
Eu talvez seja o único que compreende correctamente a economia! Fala-se de economia, estuda-se as ciências económicas, e eu não conheço nada disso, mas sei que a economia não se encontra onde os humanos a procuram. Quereis praticar a verdadeira economia, ter riquezas, tesouros, que depois podes utilizar para ajudar os outros? Pois bem, é preciso que vos torneis seres atentos, esclarecidos, senhores de vós próprios, razoáveis. Eis a verdadeira economia. Ninguém a entende assim, como sabeis, e os maiores dispêndios, as maiores ruínas, são causadas pelos economistas.
Todos estão a arruinar-se espiritualmente, moralmente, intelectualmente e até materialmente, porque, na verdade, não compreenderam a natureza da economia. A verdadeira economia começa onde vós jamais tivestes a ideia de a procurar: na atenção. Fica-se estupfacto ao ver a quantidade de meios e produtos que aparecem agora para pôr em condições tudo o que estava estragado, partido ou sujo, e não somente os objectos, mas os próprios humanos. É incrível, metade da humanidade trabalha para reparar os estragos causados pela outra metade! Pois bem, eis um ponto que deveria preocupar mais os economistas, o facto de as pessoas contarem demasiado com todos os meios exteriores; elas dizem: «Para que havemos de matar a cabeça a prestar mais atenção às coisas, se há tantos técnicos e operários para reparar tudo o que estragámos, incluindo nós próprios?» Quanto mais facilidades se tem, menos se desenvolve a atenção, e é assim que uma economia fica por terra: porque é preciso despender muito mais para reparar o que foi estragado.
Mas eu sei bem que não é este o ponto de vista dos economistas, não apenas porque eles nunca encaram o problema desta maneira, mas também porque têm uma filosofia completamente oposta: é preciso produzir cada vez mais e, para que esta produção seja escoada é necessário que as pessoas consumam o mais possível. Eles estimulam-nas, portanto, a consumir e mesmo a esbanjar: quanto mais produtos elas comprarem, mais vantagens haverá. Então, se elas forem negligentes e partirem o carro ou os aparelhos, tudo bem, comprarão outros...Se não forem sensatas e estragarem a saúde, também estará tudo bem, pois contribuirão para aumentar a fortuna das indústrias e dos laboratórios farmacêuticos. É claro que deste modo, os negócios de certas pessoas e de certos países prosperam, mas, para a humanidade em geral, para o seu equilíbrio, para a sua saúde, para a sua felicidade, este conceito de economia é ruinoso e catastrófico.
Do Mestre Omraam Mikhael Aivahov (1900-1986), filósofo e pedagogo francês de origem búlgara.
Do Livro: «Rumo ao Reino da Paz»
Colecção Izvor.
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(Florinda Rosa Isabel)
Do Mestre Omraam Mikhael Aivahov (1900-1986), filósofo e pedagogo francês de origem búlgara.
Do Livro: «Rumo ao Reino da Paz»
Colecção Izvor.
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(Florinda Rosa Isabel)
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