Brochura nº. 3 - 4ª. parte
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| A todos, a nossa saudação. |
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Caros Amigos,
Continuamos a divulgação da BROCHURA Nº. 3, com ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov, lembrando a necessidade de criarem nova pasta para esta brochura, pois como temos já referido não está prevista a sua reedição. Hoje enviamos a 4ª. parte.
O SER HUMANO E AS SUAS DIFERENTES ALMAS - Parte nº. 4
Conferência improvisada
A descida do Espírito Santo é um símbolo que se encontra em todas as tradições, mas muito poucos compreenderam o seu significado; por isso eu vou vo-lo explicar. O Espírito Santo não é uma coisa estranha ao homem, é o seu Eu superior, é o símbolo de tudo o que é divino, celeste, resplandecente, luminoso e potente. Direis vós: «dado que já muitos homens receberam o Espírito Santo, então é porque existem vários?» Não, só existe um Espírito Santo, divino, cósmico, e cada Eu superior, dada a sua natureza divina, recebe dele a sua chispa e torna-se como o Espírito Santo. Quando o homem recebe o Espírito Santo, é o seu próprio espírito que desce nele, o seu próprio espírito que é o seu Eu Superior e que habita lá no alto, no sol. Tenho-vos dito, frequentemente, que o homem está ligado ao seu Eu superior, o qual espera para entrar e tomar posse dele, mas é o próprio homem que, pelas suas impurezas, obstrói o caminho. Se ele se purificar verdadeiramente e se chegar, um dia, à verdadeira santificação, descerá nele, o Espírito Santo isto é, o seu Eu superior, que pode realizar maravilhas, profetizar, curar e conhecer tudo. Mas o Espírito Santo não se divide, o Espírito Santo é um Espírito cósmico, é a própria divindade; e o nosso Eu superior é da mesma natureza que o Espírito Santo, é feito da mesma quinta-essência, da mesma luz, é uma chispa, a gota de água no oceano divino que nós ainda não podemos receber porque ela é demasiado pura. Tenho-vos dado a imagem do mercúrio, o qual, se o vertermos sobre uma mesa, por exemplo, se espalha em múltiplas e minúsculas gotas. E cada gota é de tal modo viva, de tal modo ágil ... É extraordinário! Porque é que se costuma dizer que as crianças são vivas como um azougue? Porque elas se mexem muito, porque são vivas (1). Fazei uma experiência: colocai alguns grãos de poeira sobre uma mesa e procurai espalhar aí um pouco de mercúrio: as gotitas não podem reunir-se; mas noutro lugar, que não tenha poeira, assim que elas se tocam, formam um único corpo. No primeiro caso, a pequena camada de poeira invisível impediu as gotas de mercúrio de se juntarem e de se fundirem numa só. Em nós apresenta-se o mesmo fenómeno: a alma universal, a nossa alma, não se pode unir a nós porque há camadas de impurezas que o impedem. Compreendeis agora por que é necessário que as pessoas se purifiquem a fim de que esta fusão se possa realizar. Nesse momento, nós tomamo-nos Um, o nosso Eu superior e o nosso eu inferior reúnem-se de novo, são unicamente Um, e então possuímos o saber, podemos profetizar e fazer milagres. Mas se esta fusão não se realiza, o nosso Eu superior permanece algures, separado de nós; ele tem os seus poderes, os seus conhecimentos, a sua riqueza, mas não no-los pode trazer, é infeliz, vê que nós sofremos mas nada pode fazer por nós, não nos pode ajudar, salvo através de outros seres. Já que o Eu superior tudo sabe, porque é que em certos casos ele nos deixa fazer asneiras e enganarmo-nos? Ele podia advertir-nos, isso era muito fácil para ele, mas é-lhe impossível fazê-lo porque está separado de nós, e nós sofremos por causa dos nossos erros. Isto são coisas muito subtis sobre as quais as pessoas não reflectem, e, no meu caso, foi isto que eu estudei e ainda outras coisas mais que vos vou revelando pouco a pouco.
(1) Jogo de palavras entre «vif-argent» (azougue, mercúrio) e «vivants» (vivas), que só é possível em francês tal como aparecer no original.
Continuamos na próxima semana com a 5ª. parte.
Até breve!
12 de Dezembro, 2016
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