(7) O Amado Mestre Disse... (2ª Série)
Na realidade, só a natureza conhece e pratica a economia: ela sabe o que deve fazer para não perder um só átomo. Uma pequena poeira, uma sujidade, tudo é utilizado. Reparai: a terra absorve até os desperdícios e as imundícies que os humanos eliminam e transforma-os nas suas fábricas interiores, e estes tornam-se num alimento para a vegetação. Nada se perde, nada é eliminado. Os humanos, esses, estão longe de possuir esta inteligência da natureza: não só esgotam a terra, forçando a sua produção e esbanjando os seus recursos, como estão sempre a deparar-se com a incómoda questão dos desperdícios. Vede os problemas que causam os resíduos radioactivos e outros resíduos de matérias extremamente tóxicas que ainda não se encontrou maneira de destruir. Têm de ser acumulados em galerias subterrâneas, mas isso acarreta perigos terríveis para a humanidade.
A verdadeira economia não se encontra, pois, onde a procuram. E dir-vos-ei mesmo que a verdadeira economia consiste em não esbanjar as forças, as qualidades, as energias, que o Céu nos deu. Ela começa, pois, pela sabedoria, pela moderação, pela atenção. Actualmente, o que não falta são economistas, há imensos! Mas jamais a humanidade encontrará a felicidade com esses grandes economistas, porque eles só vêem o lado material da vida e dos problemas.
Um ser que esbanja e dispersa todas as suas energias psíquicas por causa das suas paixões, dos seus desejos, dos seus pensamentos e dos seus sentimentos desordenados, que compreensão pode ter da economia? Direis que não vedes a relação... É porque sois cegos, muito simplesmente! Estes dois domínios não estão separados. Por isso, os que estão à frente de um país, e se pronunciam sobre as questões económicas deveriam, primeiro, aprender certas verdades que não estão nos livros de economia: como o homem é constituído, como ele está ligado a todo o universo, como este universo é hierarquizado, e que todos os empreendimentos humanos devem obedecer a um modelo, a uma ideia celeste. Então, tudo o que eles fizerem, tudo o que ordenarem, será perfeito.
De conferência improvisada, pelo Mestre Omraam Mikhael Aivanhov (1900-1986), filósofo e pedagogo francês de origem búlgara.
Livro:´«Rumo ao Reino da Paz» Éditions Prosveta/Publicações Maitreya_Portugal.
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Excepcionalmente, pois não tenho por hábito acrescentar comentários àquilo que é dito pelos Mestres, direi que esta mensagem vai ao encontro daquilo que tenho contestado, tanto por e-mail como nas redes sociais, onde nos é aconselhado a não guardar nada velho ou com defeito, pois isso acarreta miséria, Devemos, isso sim, deitar tudo fora, para dar espaço a que a Natureza preencha de novo...
Quem cria esses conselhos e os distribui abundantemente, claro está que nada percebe da verdadeira economia.
Eu falo por mim: aproveito papéis escritos de um lado e que já não interessam, para fazer rascunhos. Aproveito os sacos de plástico até ao limite, depois, servem para levar o lixo para o local de recolha. Nunca comprei um pano para limpar loiça ou o pó, aproveito restos de roupas, lençóis, etc. Tudo o que inutilizo, nunca é por estar fora de moda, mas por já não cumprir a sua função e não ser reparável. E, apesar de nunca ter vivido em abundância financeira, se todas as "misérias" fossem como a minha, todos teriam o suficiente para viver felizes, desde que dispensassem luxos, discotecas (onde se esbanja tanta energia!), cigarradas e afins...
(Florinda Rosa Isabel)
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