Brochura nº. 5 - 12ª. parte
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| A todos, a nossa saudação. |
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Caros Amigos,
Terminada a Feira do Livro do Porto, agradecemos a visita de todos os Amigos. Certamente voltaremos a ver-nos na Feira Alternativa do Porto, que ocorrerá no fim do próximo mês de Outubro, no edifício da Alfândega.
Continuamos a partilha da Brochura nº. 5 - A REENCARNAÇÃO - com ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov.
A REENCARNAÇÃO- Parte nº. 12 Conferência improvisada
Do ponto de vista da reencarnação, podemos classificar os seres em quatro categorias. A primeira categoria é composta por criaturas cuja falta de luz, de ciência, de consciência, de moralidade, leva frequentemente a cometer crimes. Portanto, eles transgridem as leis, carregam-se de pesadas dívidas que terão que pagar e, em consequência disso, quando voltam a encarnar, vêm à terra em condições que os obrigam a sofrer para pagar e reparar; é por isso que a sua vida não é tão feliz. A segunda categoria compreende seres mais evoluídos que procuram desenvolver certas qualidades e virtudes para poderem libertar-se. Mas como não conseguem restabelecer tudo no trabalho de uma única encarnação, têm que voltar para acabar a tarefa. Serão então colocados em melhores condições, que lhes permitirão ter actividades mais úteis, mais elevadas. Mas, apesar de tudo, deverão voltar para liquidar ainda certas dívidas do passado, até à sua libertação total. Na terceira categoria, encontram-se seres ainda mais evoluídos, que vieram à terra para acabar certas tarefas. Eles tinham muito poucas coisas para resolver e possuem, nesta vida, grandes virtudes, uma consciência mais larga, e até muito mais tempo para fazer o bem. Esses seres, quando partirem depois de terem realizado o seu trabalho e terminado a sua missão, não voltarão mais. No entanto, alguns deles, uma vez lá em cima, em lugar de permanecerem nesse estado de felicidade, de alegria, de liberdade infinita, de que usufruem no seio do Eterno, tomados de piedade e de compaixão para com os seres humanos, abandonam esse estado maravilhoso e descem voluntariamente para os ajudar; e chegam mesmo a aceitar ser mortos, massacrados. Ao passo que outros, dado que não são obrigados a vir cá novamente, podem, no seu desejo de continuar um trabalho espiritual começado, infundir-se, habitar num ser mais evoluído. Aliás, Jesus mencionou essa possibilidade quando disse: «Naquele que cumprir os mandamentos, o meu Pai Celeste e eu viremos habitar e faremos dele a nossa morada». Esses seres não são, pois, obrigados a reencarnar-se: sem receberem um corpo físico separado, eles podem entrar num homem vivo e atravessar com ele todas as etapas: a gestação, a infância, a juventude e a maturidade, para trabalharem com ele e nele. Muitas pessoas querem libertar-se, mas compreendem mal a questão, fazem tudo para escapar às suas obrigações, para fugir aos seus deveres, cortar todos os elos e eis que se crêem livres. Não, ninguém se liberta desta forma. A verdadeira libertação de cada um consiste em pagar todas as suas dívidas. Quantos querem libertar-se da sua mulher, dos seus filhos, do seu patrão, da sociedade, da própria vida, suicidando-se! Mas não há libertação possível, meus caros irmãos e irmãs, enquanto não tiverdes pago todas as vossas dívidas, apagado todo o carma. Devemos querer libertar-nos, sim, mas de acordo com as regras divinas, e é raro encontrar seres que saibam fazê-lo. Mesmo aqui, na Fraternidade, algumas pessoas não põem a questão dessa maneira: elas querem a todo o custo ser independentes escapando aos seus deveres. É como se, depois de se terem regalado à mesa dum restaurante, quisessem partir sem pagar. Isto é desonesto, é uma falta de nobreza, e os espíritos luminosos, do outro lado, não aceitam uma tal atitude. As pessoas imaginam muitas vezes que se libertaram pelo facto de terem conseguido ver-se livres do seu antigo patrão ou da sua ex-mulher, mas nessa altura, novos aborrecimentos, novas armadilhas as esperam para lhes mostrar que estão enganadas; é aquilo a que se chama «cair de Cila em Caríbdis». O melhor caminho, O melhor método para a libertação, é o amor; e o pior, é o egoísmo, a avareza, as manhas, os calculismos. Na generosidade, no sacrifício, na bondade, em todos os gestos que se fazem para dar, trabalhamos sempre para a nossa libertação. É por essa razão que, em lugar de vos agarrardes ao que possuis, de usar subterfúgios, de fazer cálculos, deveis dar! Reparai como agem as pessoas no momento de uma separação, de um divórcio!... Com que obstinação elas se agarram aos seus interesses!... Sim, mas elas não o melhor caminho, o melhor método para a libertação, é o amor; e o pior, é o egoísmo, a avareza, as manhas, os calculismos. Na generosidade, no sacrifício, na bondade, em todos os gestos que se fazem para dar, trabalhamos sempre para a nossa libertação. É por essa razão que, em lugar de vos agarrardes ao que possuis, de usar subterfúgios, de fazer cálculos, deveis dar! Reparai como agem as pessoas no momento de uma separação, de um divórcio!... Com que obstinação elas se agarram aos seus interesses!... Sim, mas elas não sabem que, optando por esta atitude, deverão voltar a encontrar-se e suportar-se nas encarnações futuras. É o amor, a generosidade, a bondade, a clemência, a misericórdia que colocam o discípulo no caminho da libertação. Bem entendido, se fordes falar de bondade e de sacrifício às pessoas comuns, passareis por ser o maior dos imbecis, porque elas não têm essa luz e não sabem para eu serve a generosidade. Mas um Iniciado conhece as razões profundas e sabe que vale verdadeiramente a pena dar, ajudar, ser aberto e generoso, porque é assim que as pessoas se libertam. Dai, pois, dai mesmo mais do que aquilo que a justiça exige, porque deste modo libertar-vos-eis mais rapidamente.
Bonfin, 29 de Setembro de 1963
Até breve!
18 de Setembro, 2017
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