(5) O Amado Mestre Disse... (2ª Série)
A sociedade está tão bem organizada para lhes fornecer tudo, que os humanos tornaram-se muito negligentes; eles sabem que encontrarão sempre alguma coisa ou alguém para os tirar das dificuldades. Podem ir fazer esqui e lançar-e imprudentemente numa pista: se partirem uma perna, levá-los-ão a hospital e aí por-lhe-ão gesso. Se têm de trabalhar numa escada, para quê verificar se ela está bem colocada? Se caírem, alguém os levantará e cuidará deles. E por que haveriam de ter cuidado com os dentes? Irão ao dentista. E o vestuário? Para quê ter cuidado de não o sujar? Há tantos produtos de limpeza hoje em dia, montes deles! Eles vão passear à floresta e deitam fora o cigarro aceso: por que hão-de preocupar-se com o facto de ele poder provocar um incêndio? Os bombeiros virão apagá-lo.
E, assim, a atenção, a perspicácia, a habilidade, a sabedoria, a inteligência, diminuem cada vez mais. Para quê desenvolvê-las, se a sociedade oferece tantos meios de reparar as asneiras que os indivíduos cometem? Há tantos investigadores, tantos técnicos, que estão aí para ajudar os humanos!... Na realidade, eles não ajudam, porque as pessoas tornam-se cada vez mais preguiçosas, fracas e embrutecidas. São, talvez, mais instruídas do que antes, mas também muito mais negligentes e desleixadas! A questão não está em parar o progresso material, mas em poder trabalhar também no domínio interior para exercitar a atenção, a prudência e o autocontrolo.
Mestre Omraam Mikhael Aivanhov( 1900-1986), filósofo e pedagogo francês de origem búlgara.
Livro«Rumo ao Reino da Paz»
Colecção Izvor.
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(Florinda Rosa Isabel)
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