O Silêncio -11 de Abril, 2017
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Caros Amigos,
Como habitualmente às terças-feiras, partilhamos mais um texto que aleatoriamente foi selecionado, esperando que vá ao encontro da necessidade da maior parte de vós. E hoje foi selecionado o livro "O SILÊNCIO - A MELATONINA E A MEDITAÇÃO, de Maria Ferreira da Silva, inserido na Colecção "Missão Lusa".
Páginas 16 a 20
É pela Meditação que se acalma a mente e os sentidos, silenciando... A Meditação consiste na supressão da palavra e da acção, sublima os sentimentos, absorve o ser em si mesmo, envolvendo-o no silêncio, que é o estado necessário à percepção da alma. Este “mergulho” na paz pode levar, então, à beatitude, ao encontro da Luz ilimitada e infinita, onde o Universo deixa de ter limites espaciais. Abre-se, assim, ante nós o horizonte da Compreensão e Espírito, “pairamos” no Oceano Cósmico livre e incondicional, pois a mente, estática, não interfere, não limitando a vivência unificada no Absoluto. O silêncio advém desta felicidade que se encontra no interior de cada ser, através da manifestação do Espírito. A capacidade e a possibilidade de ser feliz acontece, quando cessa a ansiedade na procura da felicidade no mundo exterior e se começa interiormente a construir o equilíbrio físico e psíquico. A quietude sobressai e o silêncio passa a ser um estado, onde se alcançam planos da Vontade Divina, e se revela não só a Vontade de Deus, como se compreende que o Conhecimento de Deus é a verdadeira felicidade. A prática da Meditação leva a esta Felicidade. A Meditação é um exercício de transformação, é o caminho da transparência que afecta a totalidade do ser. É a fórmula da morte e do renascer, na qual se baseia toda a vida iniciática, que suscita a renúncia, lenta, sem violência, de abertamente renunciar a coisa alguma. É um processo de aniquilamento do ser profano para dar primazia ao domínio do Ser Espiritual. E para aquele que realiza a sua própria natureza, ou a essência da beatitude do Espírito, nada existe de mais exaltante que a quietude silenciosa que sobrevive à extinção dos desejos. A Consciência de Deus é, pois, inacessível a uma mente extrovertida. Só as almas serenas podem alcançar Deus, já que é pela extraordinária percepção da Alma, no silêncio, que o fio se estabelece entre o Ser e Deus. A mente quando fica submetida à acção do “fogo” purificador (transformação interior), descarta-se das impurezas e da irrealidade mundana, recuperando o seu brilho cristalino, que é o verdadeiro estado do Espírito. Só quando a mente está purificada é que “mergulha” no “samadhi”: a realização Suprema de Deus. Contudo, esta vivência do sam€adhi só é obtida quando se destrói e ultrapassa a ilusão que a vida transporta. A beatitude é realizada quando o ser se descarta do fardo do “karma” e do “dharma”, parando o fluxo de desejo, porque são os sentimentos, por natureza ligados ao coração, que provocam a instabilidade emocional. Um coração apaziguado nos sentimentos e sentidos produz uma mente tranquila. Ao tentar controlar-se a mente com um coração sofredor e instável, o silêncio estará apenas por momentos, pois o coração busca a felicidade, e é pela via do amor que o coração se acalma. Porém, não haverá mais conflito se esse amor for dirigido para níveis elevados, onde deixa de haver sentimentos de posse em relação à coisa amada, podendo o silêncio manifestar-se como estado de ser: sente-se no coração e na mente. Mesmo a Meditação, só pode proporcionar a paz mental se os desejos de felicidade forem sublimados. O amor dirigido para níveis humanos causa inevitavelmente sofrimento, mesmo que se ame muito alguém e se seja muito amado. São na realidade estados transitórios, em que a própria instabilidade psíquica humana cria ainda mais impermanência; e ninguém está certo e seguro de amar e ser amado eternamente. Nas relações afectivas humanas geralmente não há paz, pois são naturalmente instáveis e sofredoras. A verdadeira paz provém da realização elevada do Amor, onde apenas amamos e não esperamos ser amados. Um coração, para amar a Deus, tem de ser livre da ânsia da felicidade terrena, numa entrega serena, pela renúncia de ambições pessoais, por uma anulação de si próprio, sem desejo de nada. É desse Nada que o silêncio surge espontaneamente, suave como uma brisa cristalina. Porém, a contemplação do silêncio não é uma predisposição evasiva; pelo contrário, ela tem de existir, pois só neste estado de quietude é que emerge a inteligência pura, para se viver correctamente. Encadeia-se assim um ciclo em que uma mente lúcida contribui para maior evolução do cérebro e para a expansão de consciência, e a expansão de consciência resulta de transformações interiores e realizações que nos mostram outras dimensões mentais e espirituais, expandindo-se assim cada vez mais a consciência. A Meditação impulsiona qualitativamente a glândula pineal, que por sua vez afecta mais áreas do cérebro, entre as quais a que contêm os neurónios que se recordam de Deus, e que na maior parte dos seres está inactiva. Aguardamos que a Ciência venha a descobrir... Bastante tempo depois de termos escrito este texto sobre o silêncio, no qual está incluída a parte técnica sobre o funcionamento do cérebro e a influência da Meditação sobre este, capacitando-o a fabricar as suas próprias substâncias, como os “açúcares”* (aminoácidos), e ainda como a Meditação impulsiona a glândula pineal a produzir a beatitude, encontrámos num artigo científico a confirmação da descoberta do “líquido” que existe na glândula pineal, que se chama Melatonina. A Melatonina é uma substância fabricada pela glândula pineal, partindo de um aminoácido chamado Triptofana. Os aminoácidos actuam como reguladores das actividades vitais do organismo e comandam os nossos ciclos nocturnos e diurnos, de acordo com o sistema cósmico. A Melatonina, produz o bem estar físico e psíquico, dependendo este da quantidade dessa substância que cada pessoa consegue produzir. Os Cientistas chegaram à conclusão que a glândula pineal é fundamental no funcionamento de todo o organismo físico e psíquico. Quando por razões de envelhecimento, por doença ou por abusos cometidos diariamente contra o próprio organismo, com consumo de álcool, drogas, má alimentação e maus hábitos de carácter, a produção de Melatonina decresce forçosamente, e, a disposição e força para a vida diminui. Os referidos “açúcares” (de que falamos anteriormente), que o cérebro produz quando meditamos, são no fundo a célebre Melatonina, a qual, segundo os pesquisadores, é o aminoácido indispensável à vida e ao bom funcionamento orgânico. Na nossa opinião, a pineal é o órgão onde “mora” a Consciência - Inteligência, tal como também Descartes já intuíra. Contudo, durante muitas décadas, ela foi relegada e esquecida pelos cientistas, que a achavam sem funções especiais e especificas, convencidos até da sua falta de utilidade. Os estudos científicos recentes referem que a Melatonina se encontra não só na pineal, como também nos intestinos, embora em menor quantidade. Porém, ainda não a descobriram na base da coluna, que não só comanda a vida sexual, como alberga a já tão divulgada energia que é a kundalini. A Melatonina na base da coluna justifica a razão porque os seres gostam do estímulo sexual. Todavia, a Melatonina pode ser activada e produzida muitas vezes, sem o desgaste físico e psíquico das relações sexuais, apenas pela meditação. Também pela pureza, não só de intenções, como de acções, se pode sublimar a actividade sexual e fazer certa abstenção, quando se sente necessidade. Contudo, quem se abstém de ter relações sexuais, mas perde a sua energia na dispersão mundana, não conseguirá direccioná-la superiormente, perdendo-se o objectivo mais elevado, sendo assim inútil tal abstenção. O despertar da kundalini acontece naquele que, através da pureza de viver, quer em pensamentos, quer em acções, desenvolveu em si próprio e no seu cérebro a capacidade de viver em certo estado de consciência superior. Despertar a kundalini sem a devida evolução espiritual, através de processos e práticas mecânicas, leva de certeza ao desequilíbrio.
Até breve!
11 de Abril, 2017
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