sábado, 8 de abril de 2017

EU, FACEBOOKIANDO: NÃO QUERO PARA MIM O DEUS EM QUE A MINHA AMIGA ACREDITA!


Eu, Facebookiando: «Não Quero Para Mim O Deus Em Que Minha Amiga Acredita!»
Ora, em que estou a pensar...?
Penso que não quero para mim o Deus em que minha amiga acredita!
Sim, tenho uma amiga que acredita num Deus que eu recuso! Não o quero, é falso!
Vou explicar:
Tenho uma amiga de longa data, é do meu concelho e, desde há muitos anos, vivemos no mesmo lugar, da zona de Lisboa.
Chegámos a ir, junto com os nossos maridos, a várias excursões, sendo uma delas a Israel.
Ela já tinha alguma dificuldade de locomoção, assim, eu dei-lhe o braço junto do Muro das Lamentações, para a ajudar a inverter a marcha e comecei a conduzi-la de costas voltadas para o Muro, sendo bem evidentes as dificuldades dela.
Uma fanática do nosso grupo, começou a ralhar connosco, pois viramos as costas ao Muro era uma ofensa tão grande para os Judeus, como a nós se virarmos as costas ao altar de nossas igrejas.
Achei a comparação despropositada, pois, logo após nos curvarmos e fazermos o sinal da cruz, todos nos viramos para a porta de saída da Igreja, jamais vi que alguém saísse de arrecuo...
Expliquei-lhe o problema da minha amiga, que ficou a tentar voltar-se novamente de frente para o Muro, obrigando-me a um tremendo esforço, pois ia caindo. Assim, continuámos a caminhar de frente, com a intrometida a resmungar.
Mas não resmungou por muito tempo, logo a seguir torceu um pé, foi amparada para o autocarro. A empresa não quis levá-la ao hospital, pois já partíamos para Lisboa no dia seguinte, lá a trataram com uma massagens e pomadas até chegarmos cá. O resto, não sei.
Ora, esta minha amiga não percebeu que a intrometida atraiu aquilo, devido ao seu fanático egoísmo. Esta minha amiga, uns dois anos depois, íamos numa procissão e viu à nossa frente uma mulher a coxear, de canadianas, mal podia mexer as pernas, encostou a boca ao meu ouvido e disse, apontando para a outra: «Para o ano já estou como aquela ali!»
E esta minha amiga nunca acreditou quando eu lhe explicava sobre o poder das nossas palavras, tanto para o bem, como para o mal...
E esta minha amiga acertou, não consegue andar, nem para vir conhecer a casa onde estou actualmente, há pouco mais de três anos, pois nem dois degraus da moradia dela consegue descer nem subir, deixou de ir à rua...
Ontem, telefonei-lhe, atendeu o marido. Após cumprimentarmo-nos, passou-lhe o telefone. Quando perguntei como estava, respondeu que muito mal, não conseguia mexer-se, estava como Deus queria.
Eu respondi que Deus não quer que a gente sofra, retorquiu que «cada um tem as suas ideias, a dona Florinda com as suas, eu com as minhas».
Despedi-me, a desejar-lhe que melhorasse e, ao poisar o telefone, duas grossas lágrimas escorreram pelo meu rosto: uma, pelo desgosto de saber da sua situação física; a outra, pela sua total ignorância... 

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