quarta-feira, 26 de abril de 2017

MOVIMENTO ONDULATÓRIO ETERNO


A todos, a nossa saudação.

Caros Amigos,

Como habitualmente às terças-feiras, partilhamos mais um texto que aleatoriamente foi selecionado, esperando que vá ao encontro da necessidade da maior parte de vós. E hoje foi selecionado o livro "TEORIA DO CAMPO-CAMINHO UNITÁRIO - INTRODUÇÃO - A Espiral e as Dimensões do Tempo, o Organismo Cósmico e a sua Linguagem"", de Fernando Pereira Nogueira, inserido na colecção "Saberes".

Parte do Capítulo MOVIMENTO ONDULATÓRIO ETERNO:

É pelo jogo infinito da equilibração-desequilibração, da entropia-neguentropia, da força atractiva-repulsiva, que nunca há fusão nem corte integral entre os contrários, afinal, que o movimento cósmico é eterno. É este processo infinito digital-analógico de bipartição-integração relativas, a formalizar na estrutura isomorfa e sintetizar na Lei Unitária, que concilia o carácter finito de cada estádio, ou do Universo na sua globalidade, em cada momento, com o carácter infinito do seu Devir.
O movimento é eterno porque o carácter limitado de cada estádio de complexidade concreto em dado momento, o limite à bipartição e à integração em cada estádio tomado artificialmente como uma unidade isolada, se desloca infinitamente de estádio para estádio segundo a Lei Unitária, e sem se poderem saltar etapas de acordo com o seu processamento digital-analógico.
Porque nada está desligado ou fundido de ou com o quer que seja. O movimento é ondulatório e eterno porque o carácter analógico e o carácter digital são interactivos. O movimento é ondulatório e eterno como reflexo do compromisso relativo em cada momento entre a exigência de continuidade que o carácter analógico tende a impor e a exigência de descontinuidade que representa o carácter digital. Apesar de eterno o movimento não é contínuo e rectilíneo mas ondulatório porque não há sinais de carga absolutamente positivos ou absolutamente negativos, rigorosamente iguais ou rigorosamente diferentes. E por isso mesmo, apesar da descontinuidade relativa que o carácter ondulatório também representa, o movimento é eterno e processa-se com a continuidade possível.
O carácter ondulatório representa a coexistência possível entre a exigência analógica de continuidade e a exigência digital de descontinuidade, reflectindo a flexibilidade direccional de cada sentido (infinitas direcções potenciais no contexto de cada sentido) porque não há somente sinais de carga iguais ou diferentes mas infinitos estádios potenciais em que se apresentem mais ou menos iguais ou mais ou menos diferentes. Enfim, os contrários, cujos sinais de carga nunca poderiam ser um (+) ou um (-) fixos até por não existirem propriamente o positivo e o negativo para além do relativamente mais positivo e do relativamente mais negativo, procurando sempre obviar à sua mútua situação de desequilíbrio através da inversão alternada de sentido, ainda que desequilibrando-se de novo, de cada vez e sempre, vão jogando um belo jogo segundo regras indubitavelmente subtis e tendencialmente perfeitas sintetizadas na Lei Unitária.
O Universo – um Cosmos que funciona orgânica e eternamente – é, como somente um organismo o pode ser, indubitavelmente uma “máquina” perfeita. Se bem que não monotonamente perfeita de uma vez por todas, ainda assim, tendencialmente perfeita. Como o reflecte a relação digital-analógica, que, pela sua própria natureza, é necessariamente tendencial, susceptível de adaptar-se infinitamente. E a Lei Unitária, que a sintetiza formalmente, axiomatiza, assim, o carácter eterno do movimento cósmico que consubstancia organicamente na sua própria essência de lei evolutiva ou lei ela própria movimento. 


capa do livro









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