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| A todos, a nossa saudação. |
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Caros Amigos,
Voltamos para vos enviar a 19ª. parte da Brochura nº. 5 - A REENCARNAÇÃO - com ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov.
IV - A REENCARNAÇÃO - Parte nº. 19 Conferência improvisada
Por isso, meus queridos irmãos e irmãs, escutai-me bem, aproveitai o que vos digo, utilizai todos os anos de vida que vos restam para meditar, desejar, pedir as melhores coisas, porque desse modo estareis já a lançar projectos que irão materializar-se, cristalizar-se. A cristalização actual resiste e recusa-se a ser mudada; enquanto não for usada, não poderá ser substituída. Mas quando o homem morre, aquilo que ele criou com o seu pensamento cristaliza-se no plano físico e ao voltar à terra ele traz consigo a beleza, a inteligência, a saúde, a bondade, porque os pensamentos e os desejos que ele enviou materializaram-se numa nova estrutura. E esta estrutura, por sua vez, é tenaz e resistente, opõe-se às forças negativas e destrutivas. O trabalho que fazemos presentemente não é tanto para esta encarnação, e é por isso que muitos irmãos e irmãs me vêm dizer: «Eu não vejo resultados, Mestre; há anos que eu trabalho e nada mudou, sou sempre o mesmo». Mas eu respondo: «Vós não compreendestes nada; na verdade, vós mudastes alguma coisa, mas é preciso esperar: quando a formação actual tiver desaparecido, vereis a nova, aquela para cuja constituição trabalhastes, e ficareis estupefactos com o seu esplendor». Eu dizia-vos há pouco que a liberdade se encontra no espírito. Mas devo acrescentar algumas explicações. Observai o comportamento dum animal, ou duma criança. O animal obedece às leis naturais, não goza de liberdade, do livre arbítrio, para mudar o curso das coisas e de a elas se opor; isso não lhe foi concedido. Portanto, ele obedece, submete-se, é fiel às leis naturais, e é por isso que é inocente. Mesmo quando faz estragos ou se lança sobre a presa, a culpa não é sua, é a sua natureza é a Natureza que o impele. E também a criança obedece ainda aos seus instintos, aos impulsos que existem nela; não possui nem inteligência, nem vontade; é como um pequeno animal. Só alguns anos mais tarde é que ela adquire a possibilidade de se opor à natureza e às suas leis: pode escolher entre continuar em harmonia com essas leis ou transgredi-las. E agora, que o homem está unicamente preocupado em comer, dormir, divertir-se, em trazer crianças ao mundo, em trabalhar para ganhar a sua alimentação, qualquer que seja a sua concepção sobre esta, nada mais faz do que levar uma vida animal, instintiva ou puramente vegetativa. Porque isso é o mesmo que os animais e as plantas fazem. É uma vida que o homem leva quase independentemente da sua vontade e da sua consciência: ele cresce, enfraquece e parte; não veio cá fazer nada. Mas quando o homem, com a sua consciência e a sua inteligência, começa a ocupar-se desta vida, a controlá-la, a purificá-la, a acrescentar-lhe um elemento espiritual, este torna-se um factor formidável capaz de mudar o seu destino, E o que é o destino? É um encadeamento implacável de causas e de consequências ao qual só a da animal, biológica, instintiva, está absolutamente submetida. Qual é, por exemplo, o destino duma galinha? Ela não conseguirá ser nem rei, nem poeta, nem músico; está predestinada à caçarola. O destino da galinha é a caçarola! Todas as criaturas, têm, pois, o seu destino próprio. O destino do lobo é ser caçado, capturado, massacrado, ou então transportado para um jardim zoológico. E até mesmo as. ovelhas, e as pombas, têm o seu destino, que é absolutamente conforme com aquilo que elas representam segundo a sua actividade e os elementos de que são formadas, Ora, para poderdes escapar ao destino, é preciso que deixeis de ser escravos, fracos, subjugados à vida inferior onde nada depende de vós: respirar, procriar, comer, beber, dormir. É uma vida que está ainda muito longe de ser divina. Ela é divina porque vem de Deus, porque tudo vem de Deus, mas no sentido espiritual ainda não é uma vida divina. A vida divina começa quando o ser humano se apercebe de que não é unicamente um estômago.. um ventre, um sexo, um ser feito de carne, de ossos, de músculos, mas também um espírito, e quando ele começa, enquanto espírito, a querer agir no seu domínio, para criar obras sublimes, luminosas, grandiosas. Nesse momento, sim, ele escapa ao seu destino, porque o destino é estar doente, ser transportado para um cemitério e aí apodrecer. Pois é, este destino está já determinado - eu falo do plano físico, - está já decidido, não se pode escapar a ele. Mas a vida espiritual dá a possibilidade de acrescentar alguma coisa à vida vegetativa, instintiva e, deste modo, entrar num plano Superior ao do destino. Para tal, é necessário que o espírito comece a sair, a manifestar-se, a trabalhar: ele deixa assinaturas, traços, selos em todas as coisas, intervém em todos os vossos actos e dirige-os. É desta maneira que saís do vosso destino para entrar no mundo da Providência. Todos os corpos estão predestinados a tomarem-se pó. Mas isso já não é verdade para o espírito; o espírito não tem destino, é regido pelas leis da Providência.
Até breve!
06 de Novembro, 2017
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