Arrisco-me a dizer o que penso, através das minhas observações diárias e que, acredito, é o que a maioria das pessoas observa e pensa, só que, essa maioria, não tem oportunidade de o dizer: «Porque, infelizmente, não existem fãs que valorizem os nossos esforços na vida quotidiana, apesar de ser aí que somos prestáveis a toda a sociedade e a beneficiá-la quando nos superamos; porque não recebemos aplausos, taças e medalhas e uma data de fanáticos a correr atrás de nós, acotovelando-se para conseguirem uma fotografia ou um rabisco num caderninho; e porque gostamos de inchar o nosso ego, quando somos divulgados pela mídia, como os melhores do mundo naquela actividade, e a indústria se aproveita para confeccionar 'trapos' com o nosso nome, para crianças a adultos exibirem, orgulhosos, e é a garantia de recebermos logo um convite para ceder nosso nome a uma qualquer marca, e se for marca para um pente, até os carecas compram! E porque fomos ensinados, desde crianças, a tentar ficar à frente dos outros em tudo em que nos pudéssemos exibir publicamente, incluindo nossos diplomas, com valores superiores aos dos nossos colegas_, não fomos ensinados a progredir no dia-a-dia, pois ninguém nos aplaude se nos superarmos anonimamente».
(Florinda Rosa Isabel)
(Florinda Rosa Isabel)
Omraam Mikhaël Aïvanhov - Português
Pensamento de segunda-feira 10 de outubro de 2016
"Há no ser humano algo que o impele a superar-se. Com efeito, o que é que obriga os alpinistas a empreenderem a ascensão de cumes cada vez mais altos e de acesso mais difícil? O que é que obriga os nadadores, os corredores, a nadarem e a correrem cada vez mais depressa? O que é que obriga os jogadores de xadrez a refletirem durante horas antes de avançarem um peão no tabuleiro? Nada, são eles que impõem a si próprios realizar essas proezas ou resolver esses problemas. E que alegria eles sentem sempre que obtêm uma vitória!
Os humanos inventaram atividades, jogos e competições de toda a espécie! Isso mostra bem que eles sentem, no mais profundo de si mesmos, a necessidade de levarem cada vez mais longe os seus limites. Mas por que é que eles não pensam em aplicar na vida quotidiana essas qualidades de resistência, de destreza ou de inteligência que conseguem demonstrar quando se trata de jogos ou de competições? Por que é que, nesse domínio, eles estão sempre a queixar-se de que têm de fazer esforços?"
Omraam Mikhaël Aïvanhov
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