quarta-feira, 16 de março de 2016

UM ELOGIO AOS BURROS, E UMA PÉSSIMA NOTÍCIA PARA QUEM SE ALIMENTA DE CARNE.

   «A perseverança, a estabilidade, a capacidade de resistência, são excelentes qualidades de Saturno. Jesus entrou em Jerusalém montado numa burra... Isto é simbólico. Há imensas pessoas que não têm uma boa opinião acerca do burro; no entanto, ele tem muito boas qualidades: é sóbrio, pode viver com muito pouca coisa,  pois é um asceta que até come espinhos. A sua paciência é inesgotável e a sua teimosia também. Estais a rir, mas deveis estimar os burros. É injurioso para este animal dizer-se, como acontece na Bulgária, que um bêbedo bebeu que nem um burro. O burro apenas bebe água e só a bebe se ela for pura; ele sabe escolher. Eis uma qualidade verdadeiramente extraordinária. Se quiserdes encontrar água que não esteja suja, deixai o vosso burro conduzir-vos ao local onde ele quer ir beber e encontrá-la-eis, pela certa.
    O fígado é uma glândula muito importante, que depende imenso daquilo que comemos, mas também dos nossos pensamentos e dos nossos sentimentos. Se comermos demasiado ou em quantidade insuficiente, ou se absorvermos uma comida que não seja pura, o fígado sofre, já não consegue fazer o seu trabalho convenientemente e deixa as toxinas invadir o organismo. O fígado é muito sensível à comida que comemos e não gosta de carne. Vós pensais o contrário, mas é falso. Quando os animais sentem que vão ser degolados, não imaginais o medo, a angústia e a raiva que eles sentem pelos homens! Eles não podem exprimir esses sentimentos, mas vivem-nos. Esses sentimentos transformam as secreções que impregnam todas as células do animal e, quando comemos dessa carne, mesmo que a temperemos de uma forma deliciosa, ela contém um veneno, mas um veneno muito mais psíquico do que físico, porque todas as vibrações do animal em sofrimento foram transmitidas às suas glândulas e produziram aquele veneno. Quando comemos essa carne, os fluídos que a impregnam entram em nós e vão para o fígado, que os absorve. A pessoa que tem um fígado deficiente tem sempre tendência para sentir angústias, inquietações. O descontentamento, o pessimismo, a angústia, são estados ligados a perturbações do fígado. Houve muitos filósofos cujo fígado funcionava mal.»
    «...Para melhorar o estado do nosso organismo, devemos melhorar o estado do nosso fígado por meio da pureza, não só no que diz respeito aos alimentos, mas também em relação a todos os aspectos da vida. Rireis, talvez, se eu vos disser, por exemplo, que bebendo água quente bem fervida pela manhã, em jejum, purificais o vosso organismo.  A água quente é o mais natural, o mais inofensivo e o mais poderoso dos remédios.  Encontram-se no organismo depósitos que só é possível eliminar jejuando e bebendo água quente. Há certas pessoas que, quando transpiram, gostam imenso de beber água fria e até gelada; mas, para além de isso ter certos perigos, a água fria contrai os vasos sanguíneos e a circulação torna-se mais lenta; ao passo que, se a água estiver quente, todos os tecidos se dilatam e a circulação melhora. Experimentai e vereis quantos males podem ser evitados graças ao uso regular de água quente; ela pode curar as dores de cabeça, a falta de apetite, a insónia. Tem todas as qualidades convenientes para a purificação do corpo. Na água fria há sempre matérias dissolvidas e a arteriosclerose provém do depósito dessas  matérias nas paredes das artérias, o que as endurece. Bebendo água bem quente, provoca-se a dissolução desses calcários e os tecidos tornam-se mais elásticos.»
      «... Mas vou dizer-vos ainda mais algumas palavras acerca das experiências que devemos fazer. Há certas pessoas que não temem lançar-se em toda a espécie de acções perigosas, experimentar prazeres impuros e perversos, com o pretexto de que não os conhecer mostra falta de abertura e curiosidade intelectual. Mas, quando se trata  de experiências de natureza superior, ficam sempre satisfeitas com citações do género: "Buda... Moisés...Platão... Jesus... disseram isto e aquilo". Aí, já não procuram verificar por si próprios as suas afirmações, tal como o fazem quando se trata de experiências em que correm o risco de se aviltar. Experimentam todos os erros, todas as paixões, todos os prazeres permitidos ou proibidos, todos os vícios, mesmo todos os crimes, com o pretexto de que é preciso conhecer a vida e experimentar tudo. Mas, até quando continuarão elas a a fazer as experiências fizeram ao longo de tantas incarnações, com o mesmo pretexto? Procedendo assim, as pessoas continuarão a ser incapazes de compreender as experiências superiores nos  domínios do amor, da sabedoria e da verdade.»

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Do Livro «O Segundo Nascimento» (páginas 80/83), de Omraam Mikhael Aivanhov,
de ÉDITIONS PROSVETA e PUBLICAÇÕES MAITREYA_PORTUGAL




(Florinda Rosa Isabel)

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