quinta-feira, 24 de março de 2016

UMA OPINIÃO DE UM APICULTOR E UMA OPINIÃO MINHA.

UMA OPINIÃO DE UM APICULTOR, SOBRE UMA POSTAGEM DE RECOLHA DE MEL PUBLICADA POR UM GRUPO VEGAN RADICAL.




Florinda, vou-lhe dar a minha opinião pessoal

Apicultura não é isto (ponto)


nem acredito que algum apicultor aqui do grupo que se intitule de apicultor compreenda e defenda este tipo de apicultura (é a minha crença pessoal)

estas imagens apenas são possiveis pela total indiferença pelos valores que a vida representa. a sede de multiplicar rendimentos sem olhar a meios, no entanto acabam esquecendo que isto não é uma folha de excel e a regra de proporção não pode ser verificada em condições naturais ou têm um limite bem real.

quase todos os apicultores que conheço compreendem a importancia de valorizar a vida das suas abelhas, nem que seja pelo simples facto de assim terem de o fazer para defenderem os seus interesses produtivos e de efectivos.

O resultado de uma pratica destas, apenas pode conduzir ao desastre e não vale a pena estar aqui com contornos. alias é muito simples compreender porque estas praticas conduzem a uma elevada mortande de colonias anualmente. nestes paises.

não é ao acaso que paises onde este tipo de praticas existem, são os primeiros a bradar aos ceus a "ira dos deuses" e serem enfrentados com o colapso das colonias.

agora colocando o dedo na ferida...

No pais de onde estas imagens foram retiradas (e existem muitos mais), infelizmente tem varios outros cenarios onde tudo está errado

A transumancia apicola é uma necessidade resultante das explorações agricolas de monoculturas extensas que criam puros desertos vegetativos com milhares de km de extensão com uma unica especie em exploração e sem permitirem sequer qualquer outro tipo de flora

nestas explorações as outras plantas são mortas recorrendo ao uso e abuso de herbicidas, tal compromete a estrutura dos solos e cria a necessidade de uso de adubantes (o mesmo se verifica com insecticidas e fungicidas)

obrigatoriamente, com isto... criamos regiões toxicas gigantes onde pouca ou nenhuma vida pode sobreviver

imagine só que estas bolhas toxicas servem por ex. para criar perto de 60% da produção de amendoa do mundo ou perto de 40% no caso da soja (que em ambos os casos é os EUA o maior produtor do mundo)

Imagine encontrar estados como a florida com extensões de monocultura de amendoeira com areas superiores ao alentejo

acha que nestes desertos vegetativos existem outros polinizadores? que não apenas os recolocados pelos humanos?

haverá, sim, mas muito muito muito poucos
e não serviriam para realizar uma infima parte da polonização necessaria.

o que está errado, não é apenas a industrialização, o que está errado é a PRODUÇÃO EM ESCALA

que leva ao inevitavel colapso dos ecossistemas

apenas isso

e já agora, vou-lhe deixar uma dica para poder contra argumentar com esta seita fundamentalista apelidada de GRUPO GAIA, investigue que tipo de posts costumam fazer e quais lhes trazem mais visibilidade e donativos? sim acertou, são os polemicos, o seu interesse aqui não é informar, é manipular, chocar e criar controversia, com isso ganham visibilidade, o que se traduz em ganhos directos - não olhar a meios para atingir fins (algo similar ao que fazem os responsaveis pelos apíarios resentes no documentario)

e para terminar, o ironico disto tudo, é que é à conta desta gente desenformada (sim, pq parece que sairam todos de formas standartizadas sem grande aptencia pela procura de informação) é que grande parte deste tipo de culturas é incentivada por quem aponta o dedo, ou seja, quase todos os vegans criticam este tipo de praticas, mas nem imagina que a origem das proteinas que consomem são as culturas mais culpadas na pratica da transumancia AMENDOA SOJA 

GIRASSOL . . . ironico no minimo sim.
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Claro que eliminei o nome do autor, tudo isto está relacionado com facto de eu ter enviado para um grupo de Apicultura  uma postagem chocante e ter perguntado se aquilo era possível.
Agora, vou dar minha opinião pessoal, que, naturalmente, não deixei no grupo, ficaria fora de contexto.
Os radicais vegans fazem a vida aos não-radicais. Salvo poucas excepções, só acreditam no que  vêem a apalpam, são mentes fechadas, ainda não despertaram, por isso, cometem erros atrás de erros, a maioria das suas postagens, se seguidas cegamente, desequilibram mais o planeta do que os cárneos. É só pragas, ódios, blasfemam, tudo isso cria uma egrégora terrível a circular por todo o planeta. Depois, admiram-se de tantas catástrofes, tantos acidentes, tantos atentados... A natureza devolve o que lhe damos: AMOR OU ÓDIO! Só nós podemos mudar e enviar-lhe AMOR. Porque a natureza assina por baixo  de tudo o que lhe enviamos.
Ora vamos aos factos:
Eu concordo que não devemos alimentar-nos de nenhuma vida senciente, que sofre a grita e, até, a que não grita, como o peixe, o marisco, caracóis, etc., etc., sofrem silenciosamente as dores horríveis da forma como são capturados e, depois, alguns sofrem ao serem cozidos! Eu não uso peles de animais, excepto uma manta de lã que comprei numa excursão há 15 anos. 
Mas, eu como ovos, sim! Minha família dá-me das galinhas do seu quintal na província e compro no Celeiro, já vi o local de onde vêm, tomariam muitos humanos terem o conforto das bichinhas, boa cama, boa mesa e tempo de lazer, num grande espaço aberto, onde andam em plena liberdade, rapando na terra e o mais que lhes apetecer. 
Como mel, sim, também algum das colmeias que meus familiares têm, só para consumo deles próprios e oferecer à família. E, claro, eles não têm interesse em deixar suas abelhas morrerem de fome... A parte delas, fica. Também compro algum, de pequena produção.
Bem! Agora, vamos ao veganismo...
Andam numa azáfama, dizem que os animais não estão na terra para servir os humanos... Esquecem que, se os humanos não tivessem utilizado os animais desde sempre, esses veganistas não estariam aqui hoje, nem eles nem ninguém, pois os humanos tiveram de utilizar animais par a sua sobrevivência: fazerem estrume, lavrar as terras de cultivo, carregar as ferramentas, o estrume, as sementes, as colheitas, tirar água através de uma "nora" à roda dos poços murados, carregarem o material para a construção das casas, etc., etc.. Os belos edifícios antigos que vemos, com enormes pedras, como poderiam existir, sem o transporte de carros puxados por animais, desde longa distância? 
Agora, num passado mais recente, como poderiam os doentes na província, pedir assistência médica, sem telefones, sem nenhuma espécie de veículo, nem bicicleta, nem motorizada, nem automóvel, nada a não ser um burro para um seu familiar ir ao concelho, onde existia um consultório, pedir ao médico para ir ver o familiar doente? O Médico ia no seu cavalo ver o doente e, se era caso para internamento, o doente tinha de ir numa carroça  (a mesma que servia par os funerais) puxada por um cavalo. Por vezes, o doente não aguentava e morria no caminho.
Agora, é tudo "facilidades", há famílias com um automóvel para cada membro, mas continuamos a precisar da  ajuda dos animais, sim!
Na província, existem locais ermos, sem estradas de acesso às terras de cultivo, apenas alguns estreitos caminhos, gente pobre, que tem de cultivar para comer. Como podem percorrer grandes distâncias, se não fosse o burro como meio de transporte e, depois de ter descansado, comido e bebido, enquanto os camponeses trabalham a terra, ajudar a transportar os produtos? Digo ajudar, porque quase sempre os camponeses também vão carregados. E como se aqueciam no inverno, se o burro não levasse lenha para a lareira? E temos de ter em conta que grande parte dos agricultores dessas zonas degradadas já não são jovens. 
Recentemente, uma activista apanhou um vídeo de um amigo meu, onde ele pretendeu mostrar como era a vida no nosso concelho, há alguns anos. Era com um burro  preso a uma "nora", para tirar água para uma mulher regar o milho. Meu amigo foi insultado, que se prendesse ele no lugar do burro, a mulher que regava foi insultada, sem perceberem  a finalidade da postagem. Esse vídeo já deve ter perto de 20 anos, talvez o burro já nem exista. Conheço o sítio, sei do que falo.
A amada Mãe Maria, nas suas mensagens, fala com frequência na utilização do mel, tanto para explicar que o Natal não deve ser festejado com carnes, mas com pão, água, bolos de mel, oração e algum jejum. E que, aquando do nascimento de Jesus, tomou mel para se revigorar do esforço do parto. O amado Mestre Omraam Mikhael Aivanhov já explicou que as abelhas não são oriundas da Terra, eram de outro planeta, mas Deus teve compaixão pelos seus Profetas, que viviam numa zona de pouco alimento, afastados da confusão que a massa humana provoca nos seres que meditam e contemplam, e enviou-as para a Terra.
Onde está o erro, é na ganância da grande produção! No tudo vale para o ganho momentâneo e não se respeitam as vidas das abelhas. Nos pequenos agricultores, tal não sucede. E estão ajudar, porque, devido aos erros humanos, muitas espécies que deviam ser livres, tiveram de começar a ser protegidas e cuidadas, paradoxalmente, também pelos humanos.  E isso acarreta despesas, mas os vegans radicais não pensam nisso.
Voltando aos animais, poderem ajudar  os humanos, temos logo o exemplo da amada Mãe Maria, que até conta, ainda a respeito das festividades do Natal, que não havia peru quando Jesus nasceu, apenas os animais de grande porte que estavam lá e o burro que a transportara.
Assim, levando o radicalismo  a tais extremos, aconselho as radicais veganas a não usarem baton, porque milhões de cochonilhas estão a ser criadas para serem esmagadas e os seus restos mortais irem colorir o pinta-lábios. Na minha maneira de pensar, acho mais grave o uso do baton do que a utilização do mel: no primeiro caso, as bichinhas são criadas propositadamente para serem todas esmagadas, ao contrário das abelhas, que podem algumas ser esmagadas por descuido na crestação  e, enquanto o mel nos serve de alimento, a cochonilha é esmagada para satisfazer o ego da pura vaidade feminina. Acredito que tanto sofre uma abelha como uma cochonilha ao serem esmagadas e que muitas das activistas vão abrir a boca "acochonihada" para xingar os apicultores e os comedores de mel. Já aqui vi algumas no "feice"... Mas atenção! Sobre o uso de baton só estou a dirigir-me às activistas que são contra a Apicultura. 
Viver, é um risco de morte para tudo que vive, os animais não são excepção.
Já agora, uma sugestão: Vamos acabar com a prática sexual, porque pode haver gravidez e o perigo de a mulher morrer de parto... Assim, ao menos,  acabava esta raça tão amaldiçoada pelos activistas, pois muitos afirmam que estão aqui pelos animais, o mal que acontece aos humanos não estão nem aí para se ralarem, os animais já cá estavam antes de nós, viemos roubar-lhes o planeta.
Disse, está dito. Quem quiser deletar-me, esteja à-vontade para o fazer.
E dispenso a treta do não-criticar e não julgar, porque apenas argumentei para que certos radicais se dêem conta do que andam para aí a dizer.
Florinda Rosa Isabel






















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