Mãe Isaura - 04 Outubro 2016
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| A todos, a nossa saudação. |
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Caros Amigos,
Como habitualmente às terças-feiras, partilhamos mais um texto que aleatoriamente foi selecionado, esperando que vá ao encontro da necessidade da maior parte de vós. O livro hoje selecionado foi MÃE ISAURA - O Milagre do Amor, de Elmira Maria Teixeira, inserido na Colecção "Luz do Ocidente".
3º. Capítulo (parte) - Páginas 81 a 84: O SOL DO ORIENTE
“Quem és tu, caro leitor, lendo estes meus poemas daqui a cem anos?
Não posso te enviar uma só flor de toda a riqueza desta Primavera, nenhum raio destas nuvens douradas ...
Abre as tuas portas, e olha ao teu redor! Colhe do teu jardim as perfumadas lembranças das flores que murcharam cem anos antes ...
Talvez recebas em teu coração a alegria viva que te envio nesta manhã de Primavera ecoando a sua voz através destes cem anos.”
RABINDRANATH TAGORE em "O Jardineiro"
“Quem és tu...?” Sou eu, Mestre Poeta, sou eu! Sou eu, lendo os teus poemas mais de cem anos após!... Recebo-te no raiar da manhã meu amigo, alma - irmã. Sou eu, Mestre Poeta, sou eu quem ouve o eco da tua voz!
Sou eu, Tagore, sou eu, recebendo malvas em flor e lírios e rosas e jasmins da tua Primavera de Amor!
Sou eu, sim, sou eu, quem colhe os raios das tuas nuvens douradas, em manhãs ensolaradas!
Abri as portas, meu Mestre, e olhei ao meu redor! E, então, colhi no meu jardim as perfumadas lembranças das flores que não murcharam nunca, porque as regaste nos rios benfazejos dos teus amores e foram recebidas em mim.
Entraram no meu coração, com a alegria viva que me enviaste naquela manhã de Primavera, ecoando na tua voz feliz através destes cem anos! Santiniketan… (= Porto de Paz) Não virás tu dizer-me “pelo feitiço dos ventos sem pátria”, “Ergue uma nova Santiniketan ali para os lados de Fátima”?
Mestre Poeta, alguém me disse um dia: “É Tagore, a tua poesia!” - e eu chamei tolo ao amigo que assim dizia!
Contei isto ao Júlio Roberto, o amigo filósofo/poeta, e ele disse que sim, que o que eu escrevia … “sabia...” à tua poesia, poesia que ele “comia”…
E, eu, eu não entendia!
E quanto mais pensava, mais me confundia; acreditar era bom demais, eu não, não podia!
“A Paz e Portugal são a mesma tarefa.”
“O Anjo de Portugal é o Anjo da Paz, logo Portugal e Paz são sinónimos.”
(Palestra de ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA)
Mas um dia, ao abrir “O Jardineiro” - - como é meu hábito, leio sempre o fim, em primeiro! - aí, sim, aí eu entendi!
Entendi que és tu quem escreve daí, de um qualquer lugar onde tu e a tua musa, estão agora a morar…
E eu… eu apenas “boto” no papel as miríades de estrelas de um novo batel!
Ah, amigo, quantas saudades dessa Índia de onde eu vim; velhas lembranças, memórias antigas de um amor sem fim!
Nas velas das caravelas Vasco da Gama porque chorais? Talvez porque no “rio dos Bons Sinais” se hajam entrelaçado as lembranças de outros natais…
Até breve!
04 de Outubro, 2016
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