(02) ACERCA DO NÚMERO TREZE... DE, O LIVRO DA MAGIA DIVINA

   (02) _Acerca do Número Treze_, de «O Livro da Magia Divina», Éditions Prosveta/Publicações Maitreya_Portugal.

    

    No plano físico, o número treze  está ligado à cruz (1+3=4) e, portanto, aos sofrimentos.  A cruz é a planificação do cubo no espaço  a duas dimensões, e o cubo, esquematicamente, representa uma prisão.

     No entanto, se o número treze actua desfavoravelmente sobre as criaturas, não é ele o responsável, mas sim a maneira particular como cada um recebe a sua influência e as influências daquilo que o rodeia. Isto também é verdade em relação à água, ao ar, à luz e, até, aos alimentos: cada criatura recebe-os de maneira particular, consoante a sua  saúde, a sua estrutura, o seu desenvolvimento e a sua elevação espiritual. Alguns são estimulados, outros adoecem, outros põem-se a reflectir.

       Os números, em si, como muitas coisas na vida, são neutros e actuam de modo diferente segundo os indivíduos. Para um Iniciado, que sabe transformar tudo, o número treze pode ser muito favorável, ao passo que os outros homens abala-os; é um número que limpa, purifica, e aqueles que não podem resistir a esta purificação são rejeitados ou eliminados. Então, para esses, o melhor é evitarem-no e, especialmente,  evitarem ser treze à mesa. O que é curioso é que, frequentemente, as infelicidades, os acidentes que então ocorrem, recaem sobre o mais jovem, que pode mesmo morrer. Sim eu próprio observei tais acontecimentos e vi que não são superstições.

     Evidentemente, se fôssemos estudar todas as tradições que prescrevem o fazer ou não fazer isto ou aquilo, encheríamos diversos volumes, pois cada um possue as suas, sobretudo os povos primitivos, com todos os seus costumes em relação aos casamentos, aos nascimentos, aos ritos a observar no momento da puberdade, etc. Pode ser que, em muitos domínios, eles tenham acertado por causa da sua clarividência, da sua mediunidade e das comunicações que têm com  as entidades do mundo invisível.  Mas, se  se começar a considerar todos esses detalhes, ficar-se-á muito limitado, não se poderá fazer nada.

    Analisemos o caso da astrologia. Os astrólogos aconselham-vos a empreender tal trabalho a tal hora do dia ou da noite porque será nesse momento preciso que entrareis em comunicação com tal planeta, tal espírito, tal génio planetário. Eu acredito na  astrologia; desde há milénios, muitos seres inteligentes e muito profundos  trabalharam nela, mas na vida corrente, na vida quotidiana, não podemos limitar-nos a esse ponto no nosso trabalho: se alguém está doente ou com necessidades, para lhe salvar a vida não se deve ficar à espera de que chegue uma hora, um mês ou ano favorável.

      Quando decidestes sinceramente fazer o bem, todos os momentos são favoráveis. Só que, para a maioria das pessoas, as hipóteses de êxito são determinadas pelo seu grau de evolução. Vejamos um exemplo da vida corrente: vós tendes uma questão a resolver; se não conhecerdes pessoalmente  o ministro ou o director, tereis de andar de gabinete em gabinete e, mesmo assim, pode ser que não consigais nada. Ao passo que, se conhecerdes o director, se ele for vosso amigo, entrareis directamente com ele no seu gabinete para fazer o vosso pedido e sereis imediatamente atendidos. Para vós deixa de haver regulamentos e não  passais horas à espera nos corredores. Acontece o mesmo na vida espiritual: tudo depende do que vós sois.
      Quando há nuvens, visto que o sol não vem ter convosco, tendes de fazer alguma coisa para vos aquecer ou alumiar. Mas suponde que estais acima das nuvens: o sol lá está e vós não tendes que vos preocupar. Acima das nuvens, as condições são diferentes: estais numa região onde outras forças entram em acção. Evidentemente, isto é simbólico; significa que, enquanto se está nas regiões baixas da matéria, existem sempre condições a satisfazer, regras a respeitar. Mas, se conseguirmos elevar-nos até ao domínio do espírito, essas regras cairão por si.
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      (Florinda Rosa Isabel)