terça-feira, 13 de junho de 2017

(01) O CÍRCULO MÁGICO: A AURA

   (01) O Círculo Mágico: A Aura.
De «O Livro da Magia Divina», por Omraam Mikhael Aivanhov.
Éditions Prosveta/Publicações Maitreya_Portugal.

    «A representação tradicional do mago_e que  encontramos mais frequentemente nos contos e narrativas iniciáticos é a de um augusto ancião segurando na mão um bastão com que ele traça em seu redor  um círculo mágico. Uma vez traçado este círculo, ele pronuncia fórmulas de modo a convocar espíritos aos quais confia determinadas missões. O importante não é saber se esta representação corresponde a uma realidade concreta. O importante é que, simbolicamente, ela é perfeitamente exacta. A varinha mágica, o círculo mágico e as fórmulas mágicas são realidades do mundo espiritual.
    No relato da Criação do mundo que Moisés nos fez no Génesis existe um aspecto cuja importância nem sempre foi bem sublinhada pelos teólogos: é o de que a primeira criatura de Deus, a sua primeira criação, foi a luz. Deus diz: «Faça-se luz». Só depois de criada a luz é que Deus faz aparecer todas as outras criaturas. Segundo a Ciência Iniciática, quando Deus criou o mundo projectou primeiro em Seu redor um círculo de  luz pelo qual estabelecia e fixava as fronteiras do Universo. Depois, nesta luz, Deus projectou imagens que se condensaram, que se materializaram, tornando-se plantas, animais, homens. Foi a luz, pois que forneceu a substância da Criação.
    Podemos encontrar este processo da criação nos grandes magos. Também eles estão cercados por um círculo de  luz: a sua aura. Até aqui, não se compreendeu muito  bem o papel e a importância da aura. Quando um Iniciado quer criar utiliza os mesmos meios que o próprio Deus utilizou quando criou o Universo: projecta uma imagem ou pronuncia uma palavra que atravessa a sua aura. Esta aura que o envolve fornece a matéria para a manifestação. A imagem projectada ou a palavra pronunciada revestem-se da mesma matéria da aura. Não é possível qualquer realização espiritual sem a matéria subtil da aura.  O poder dos magos, dos Iniciados, advêm-lhes de eles saberem impregnar as palavras que pronunciam com a matéria da sua aura, que é abundante, intensa, pura.  A palavra é como um recipiente, produz efeitos tanto maiores quanto mais impregnada estiver do elemento criador: a  luz.
       Também já notastes isso, sem dúvida, em relação a vós próprios: há dias em que falais sem produzir qualquer efeito na aura dos outros, ao passo que outras vezes, pelo contrário, com uma palavra muito simples produzis grandes efeitos. É que esta palavra está viva; as palavras que empregais foram previamente mergulhadas na vossa aura, aí se vivificaram, se reforçaram e deste modo, revestidas de uma força, puderam penetrar na alma dos outros e fazê-la vibrar. Nos dias em que a vossa aura está fraca, as vossas palavras são insignificantes, vazias, nada existe nelas, vós falais e não obtendes qualquer resultado.»
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(Florinda Rosa Isabel)


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