(01) A Palavra Mágica, de «O Livro da Magia Divina», de Omraam Mikhael Aivanhov, Éditions Prosveta/Publicações Maitreya_Portugal.
Existem duas categorias de magos: aqueles que praticam a magia com a ajuda de um instrumento, geralmente, a varinha, e aqueles que a praticam apenas através do poder do Verbo. Estes últimos são mais evoluídos, porque o seu instrumento mágico é a boca, que não está separada deles, não os abandona, enquanto os outros são obrigados a ter à mão uma varinha e esta permanece sempre exterior a eles. O caduceu é o atributo de Mercúrio, deus da magia, e Mercúrio rege ao mesmo tempo a boca a palavra e as mãos.
Vós conheceis as palavras iniciais do Evangelho de São João: «No começo era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Tudo o que foi feito foi feito por Ele...» A tradição diz-nos que, num passado extremamente longínquo, também o homem sabia criar através do Verbo. Mas, quando cometeu o primeiro pecado, que o separou de Deus, desceu pouco a pouco à matéria, perdendo assim o poder do Verbo, e foi obrigado a criar através das mãos. Na origem, o homem era um rei, bastava-lhe dar ordens e essas ordens eram executadas, porque um rei tem sempre servidores para executar as suas ordens e satisfazer os seus desejos. Mas, como perdera a realeza, o homem já não dominava a matéria e, para obter dela o que queria, foi obrigado a trabalhar com a mãos. É por isso que, actualmente, a humanidade é obrigada a debater-se com a matéria para a moldar e dela extrair a sua subsistência, tal como Deus disse a Adão: «Comerás o teu pão à custa do suor do teu rosto.»
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(Florinda Rosa Isabel)
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(Florinda Rosa Isabel)
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