De: «O Livro da Magia Divina», de Omraam Mikhael Aivanhov, Éditions Prosveta/Publicações Maitreya_Portugal.
«É um sacrilégio querer colocar os espíritos luminosos ao serviço das cobiças humanas. Além disso, é preciso que se saiba que esses seres não obedecem ao primeiro que aparece. Primeiro tereis de atingir uma certa estatura no mundo espiritual, senão os espíritos verão imediatamente com quem estão a lidar e deixar-vos-ão sozinhos a chafurdar na lama. Os setenta e dois Génios não são obrigados a vir satisfazer os vossos caprichos. Para poderdes dar-lhes ordens, devereis ter desenvolvido uma grande pureza, uma grande vontade, um grande autodomínio; não basta conhecer os seus nomes e pronunciá-los, para se obter resultados.
É necessário compreender, portanto, que a verdadeira varinha mágica não é apenas uma vara, é uma ligação interior viva que o homem soube criar previamente entre o mundo de cima e o mundo de baixo. É em si mesmo que o verdadeiro mago deve possuir esta pequena haste que faz a ligação entre a terra e o Céu.
O papel da varinha mágica é o de permitir uma ligação para que a energias circulem entre os dois mundos. Existe algures lá em cima uma central eléctrica que fornece a corrente, mas, para que a lâmpada se acenda cá em baixo, é necessário ligá-la, introduzir a ficha. E a varinha mágica é precisamente a ficha. Assim, quando o mago possui esta ficha na sua cabeça, no seu coração, na sua alma, no seu espírito, e além disso segura na mão a varinha mágica, que representa a ficha no plano físico, pode fazer passar as forças do mundo divino para o mundo físico. É este o simbolismo da varinha mágica.
E quando Jesus orava, dizendo: « Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no Céu», criava esta ligação entre o mundo do Alto e o mundo de baixo, a ligação que é simbolizada pela varinha mágica. Ele queria dizer que todos os seres humanos têm, também eles, uma função mágica a desempenhar: atrair do Alto a pureza, a luz, a harmonia, de modo a que a terra se torne um reflexo do Céu, um tabernáculo para a Divindade. O único meio de realizar este ideal é ligar-se ao Céu, manter ininterruptamente, com todo o seu ser, o contacto com o Céu, de maneira a fazer circular a corrente. A central eléctrica encontra-se no Alto, nas regiões sublimes e, para fazer circular a corrente, para acender as lâmpadas e fazer funcionar todos os aparelhos que existem em nós, é necessário ligar a ficha.»
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(Florinda Rosa Isabel)
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(Florinda Rosa Isabel)
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