sábado, 24 de junho de 2017

(2) ALIMENTAR-SE... DO LIVRO «O YOGA DA ALIMENTAÇÃO

   (02) Alimentar-se, um acto que diz respeito à totalidade do ser.
Do Livro «O Yoga da Alimentação», por Omraam Mikhael Aivanhov,  Éditions Prosveta/Publicações Maitreya_Portugal.
     Dir-me-eis: «Mas, então, como é que se deve comer?...» Vou falar-vos da maneira como um Iniciado concebe a alimentação. Como, para ele, a questão consiste em pôr-se nas melhores condições para receber os elementos preparados nos laboratórios da natureza, um Iniciado começa por se recolher e, sobretudo, não se envolve em conversas, come em silêncio.
    Não se deve considerar o silêncio durante as refeições unicamente como um hábito de convento; um sábio,  um Iniciado, come em silêncio. E, quando põe na boca a primeira garfada, mastiga-a conscientemente, o mais demoradamente possível, até ela desaparecer na sua boca sem ele sequer ter de a engolir, pois o estado em que ele come a primeira garfada é exactamente importante. Por isso,  há que preparar-se para o fazer nas melhores condições  possíveis, pois é esta primeira garfada que põe em marcha, interiormente, todos os mecanismos. Nunca esqueçais que o momento mais importante de um acto é o seu começo, é ele que dá o sinal que põe em acção as forças, e estas forças não se detêm pelo caminho, vão até ao fim. Se começardes num estado harmonioso, tudo o resto decorrerá harmoniosamente.
    Deve-se comer lentamente e mastigar bem, porque isso favorece a digestão, é claro, mas também por outra razão:  é que a boca, que recebe primeiro os alimentos, é o laboratório mais importante, pois é o mais espiritual.  A boca desempenha, num plano mais subtil, o papel de um verdadeiro estômago; ela absorve as partículas etéricas dos alimentos, as energias mais subtis e mais poderosas, e os materiais mais grosseiros é que são enviados depois para o estômago.
     A boca contém aparelhos extremamente aperfeiçoados, glândulas situadas nas partes superiore e inferiore da língua, cuja tarefa é captar as partículas etéricas dos alimentos. Vós já experimentastes isso muitas vezes! Estáveis com fome, quase inanimados, e começastes a comer... Logo com as primeiras garfadas, mesmo antes de ter havido tempo para a comida ser digerida, já vos sentis restabelecidos, retemperados. Como é que isso pode ter acontecido tão depressa? Graças à boca, o organismo absorveu logo energias, elementos etéricos, que foram alimentar o sistema nervoso. Antes de o estômago receber os alimentos, o sistema nervoso já está alimentado.
   Não fiqueis admirados por eu falar dos elementos etéricos que devem procurar captar nos alimentos. Um fruto, por exemplo, é constituído por matérias sólidas, líquidas, gasosas e etéricas. Toda a gente conhece bem as matérias sólidas e líquidas.  Muito menos pessoas dão importância aos perfumes, que já são mais subtis e pertencem ao domínio do ar. A parte etérica, que está ligada às cores do fruto e sobretudo à sua vida, é um domínio totalmente ignorado e descurado, mas é, no entanto, da maior importância, pois é graças às partículas etéricas existentes na comida que o homem alimenta os seus corpos subtis.
      Como o homem não possui unicamente um corpo físico, mas também outros corpos mais subtis, que são sede das suas funções psíquicas e espirituais (corpos etérico, astral, mental, causal, búdico e átmico), põe-se-lhe precisamente a questão  de saber como alimentar esses corpos subtis que, devido à sua ignorância, muitas vezes não são alimentados. O homem sabe mais ou menos o que deve dar ao corpo físico (digo "mais ou menos" porque a maioria dos humanos come carne, o que é nocivo para a sua saúde física e psíquica), mas não sabe alimentar os outros corpos: o corpo etérico  (ou corpo vital), o corpo astral (sede dos sentimentos e emoções), o corpo mental (sede do intelecto) e, menos ainda, os outros corpos superiores.
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(Florinda Rosa Isabel)
   
 


















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